A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dois Anos Sem Richard Wright


O conjunto inglês Pink Floyd é a coisa musical que mais gosto.
Richard Wright, para quem não sabe, foi seu tecladista.  Hoje, faz dois anos que Wright morreu. Na época, levei um susto ao ler, num blog musical, a notícia da sua morte.  Não sou muito de ficar sentido com o falecimento de celebridades/ídolos, exceto quando eles se vão jovens demais e/ou são vítimas de mortes trágicas, mas a morte de Wright me abalou, me emocionou muito. E creio que haviam motivos fortes para isso: há um mês e meio eu havia perdido a minha querida mãe; eu tinha que mudar de residência; estava sem rumo e tinha ciência que meu padrão de vida iria cair... Wright era o músico que eu mais gostava no Pink Floyd; é meu compositor predileto. Sem dúvida, foi um músico subestimado.  Suas músicas são o que chamo de 'baladas progressivas"; suas canções nos fazem voar, flutuar. Sua voz suave é bem relaxante.  Ele não compôs muito como Roger Waters e David Gilmour(respectivamente baixista e guitarrista do Pink Floyd), mas sempre quando criava uma música de sua autoria, num disco do Floyd, essa era minha preferida.
A música mais bonita que já escutei em minha vida é de sua autoria, "See Saw"(1968), uma canção bem melancólica, de letra hermética, com muito mellotron, piano e efeitos sonoros. Minha segunda preferida é "Summer's 68", onde Wright faz um trabalho magnífico com seu piano e seus múltiplos orgãos; a letra também é bem bonita.  Sua obra instrumental, de uns 14 minutos de duração, "Sysyphus", nunca foi superada por outro tecladista, na minha opinião.  Exigente , rígido consigo mesmo, parecendo até não acreditar muito em si próprio, Wright não gostava de algumas de suas antigas composições, como a excelente, "Remember a Day". O tecladista era o mais quieto, calado e discreto do grupo. Foi o que se casou mais cedo, com pouco mais de 20 anos. Triste, melancólico; dizem que ele sofria de depressão, e se envolveu fortemente com drogas , quando o Pink Floyd estava no auge da carreira(não acredito muito nisso). Ele sempre teve divergências com o lider Roger Waters, o que acabou ocasionando sua saída do grupo, depois da gravação do famoso álbum "The Wall". Richard Wright era um músico atípico, muito modesto. Não era muito de solar com seus teclados; nas suas três incursões fora do Pink Floyd, seus solos nunca duraram mais que um minuto...; os músicos convidados, na guitarra e saxofone, por exemplo, apareciam mais que o tecladista. Isso chegava até a me irritar, já que Wright era um instrumentista de enorme potencial. Nos discos ao vivo improvisava muito com longos solos de orgão.  Richard Wright foi o maior anti-superstar que conheci. Morreu sessentão. Penso que ele ainda teria muito o que nos dar como compositor. Uma pena! Lamentável mesmo!


Richard "Rick" William Wright (Londres, 28 de Julho de 1943 — Londres, 15 de Setembro de 2008) foi um músico britânico, tecladista da banda de rock progressivo Pink Floyd.


Índice

[esconder]



* 1 Biografia

o 1.1 Álbuns a solo de Richard Wright

* 2 Referências

* 3 Ligações externas



[editar] Biografia



Entrou para a escola particular Harberdashers, e aos 20 anos foi para a Escola de Arquitetura. Lá conheceu o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason. Fizeram um grupo na faculdade e escolheram seis meses depois Syd Barrett para a guitarra.



O único nascido em Londres entre os integrantes do Pink Floyd, Richard Wright sempre foi o terceiro compositor e vocalista do grupo, tal como como George Harrison nos Beatles, John Entwistle no The Who e John Paul Jones no Led Zeppelin.



Como compositor Wright contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time". Dark Side of the Moon (1973) representa seu ápice no Pink Floyd: os teclados se equiparam a guitarra de David Gilmour e participou na composição de cinco das dez músicas. Em Wish You Were Here (1975), onde seus teclados estão onipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum, sobretudo na suíte "Shine On You Crazy Diamond".



A partir do disco Animals (1977) iniciou-se o processo de domínio do Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.



O sucesso começou a afetar as relações pessoais dentro do grupo. Trabalhos solo eram a única saída para os demais integrantes da banda e Wright realizou Wet Dream em 1978, acompanhado por Mel Collins (sax), Snowy Whithe (guitarra), Larry Steele (baixo) e Reg Isadore (bateria).



Quando os Floyd começaram a gravar The Wall em 1979 Roger Waters tinha assumido o total controle da banda. Rick Wright foi afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com sua expulsão da banda durante as gravações de The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.



Depois da saída do Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris no grupo chamado "Zee" e gravaram "Identity" em 1984.



O retorno de Wright ao Pink Floyd se deu em 1987, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou da turnê mundial de promoção do disco.

Rick em um concerto em Munique, 2006.



Já em The Division Bell, Rick Wright voltou a participar ativamente do processo criativo, retomando-se a cooperação coletiva que se havia perdido nos anos 70. Wright é co-autor de "Wearing The Inside Out" com Anthony Moore e das músicas "Cluster One", "What Do You Want From Me", "Marooned", e "Keep Talking" com David Gilmour.



Em 1996 Rick Wright lançou seu terceiro álbum, Broken China, gravada no estúdio da sua casa na França. Ele mesmo produziu o disco, junto com Anthony Moore, que também escreveu as letras. Foi mixado por James Guthrie. Participam deste álbum os guitarristas Tim Renwick, Dominic Miller e Steve Bolton, o baterista Manu Katche e o baixista Pino Palladino. E mais, Sinead O'Connor canta em duas faixas - "Reaching for the Rail" e "Breakthrough".



Apesar do papel coadjuvante, é quase consenso entre antigos fãs que os teclados de Richard Wright apresentavam-se como elemento fundamental para a constituição do som do Pink Floyd.



Morreu em sua casa em Londres, em 15 de setembro de 2008, a informação foi revelada por um porta-voz do grupo, e em seguida, divulgada expressamente no web-site da banda. Wright estava com 65 anos e sofria de câncer. [1]



A morte de Richard acabou com as possíveis esperanças de o Pink Floyd teria como retornar.



8 comentários:

  1. basta ouvir astronomy domine,ou o disco division
    bell,para sentir o peso desse grande artista.
    chorei muito quando soube de sua morte.
    fez parte da melhor e mais maravilhosa banda
    que pude ouvir:pink floyd.
    abraços do amigo fabio lima.
    ps:vou assistir o dvd pulsse para lembra-lo.

    ResponderExcluir
  2. Oi Fábio, tudo bem contigo?

    Grato pelo comentário.
    Abraços

    ResponderExcluir
  3. tudo bem e com grande prazer entro nesse blog.
    um grande abraço,e parabens pelas materias.
    fabio lima

    ResponderExcluir
  4. qualquer um dos quatro que saisse,faria falta
    porem,wright transcendia,jogando efeitos sono
    ros na sua musica progressiva.nao precisaria
    cantar,pois seus solos ao teclado,ja diz o quan
    to cantava bem.guitarra,baixo e bateria nao fa
    riam igual.basta ouvir ANIMALS,ONDE ELE SIMPLES
    MENTE ARREBENTA ! FABIO LIMA

    ResponderExcluir
  5. Sem cantar e sem compor no "Animals", ele arrebenta mesmo! E vc, Fábio já escutou Sheeps ao vivo, antes da gravação do "Animals"? Aí q ele arrebenta mesmo, pq , na gravação de estúdio, apesar dele tocar muito, penso q David Gilmour se destaca mais ainda, mas, antes da gravação do album, só dá Wright, q faz seu sintetizador gemer.

    Caro Fábio, muito obrigado pelos seus comentários.
    E,mais uma vez, digo, no meu outro blog, Preenchendo o Vazio da Existencia, tem muita coisa do Paulo Sérgio e do Pink Floyd.

    Tudo de bom!

    Abraços

    ResponderExcluir
  6. alguns devem pensar,como pode um cara,ou,esses
    caras,gostarem de 2 coisas totalmente dispares,
    ou seja,paulo sergio e pink floyd.
    explico:amor e sensibilidade,andam de maos dadas,e apesar de gostar muito do rock,sou romantico por excelencia,e mesmo no rock,o amor
    se faz presente.buscarei teu outro blog.
    grande abraço,fabio lima.

    ResponderExcluir
  7. Temos isso em comum, Fábio, isso é coisa rara mesmo, gostar de músicos tão dispares, mas vc falou e disse.

    É sempre bom te ver aqui.

    Abraços!
    Tudo de bom!

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão respondidos.