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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Annie Haslam(Incluindo Renaissance)
Gosto muito de vocal masculino, mas, mais ainda de voz feminina. E dentre as inúmeras cantoras do rock, que admiro, minha preferida é Annie Haslam. Na minha modesta opinião, não há quem cante tão bem, quem tenha uma voz tão linda como a dela. Annie Haslam é uma dádiva da natureza; sua voz é um bálsamo para nossas almas. Gravou quase 10 discos solos, participou de discos de outros músicos, mas seu maior destaque foi ao integrar o ótimo grupo Renaissance. E como sou super fã da banda, tentarei contar um pouco da história dela.
A saga do Renaissance começa quando Keith Relf e Jim McCarty, ex-integrantes da banda Yardbirds, juntam-se ao ótimo tecladista John Hawken, ao baixista Louis Cenammo e à vocalista Jane Relf(irmã de Keith). Estranho é que os Yardbirds faziam um blues rock, e a proposta do novo grupo, Renaissance, era criar um som progressivo, com nítidas pitadas clássicas e um pouco folk também. Uma música suave, romântica e, claro, avançada. Gravaram seu primeiro disco, com o título homonimo, em 1969. Keith Relf era um guitarrista base, tocava harmônica e dividia o vocal com a sua irmã. Jim MacCarty tocava bateria e atuava no vocal ocasionalmente. O disco em questão é muito bom, com destaque para o trabalho de piano. Pouco depois da gravação do álbum "Illusion"(1971 ou 1970), a banda se acaba. Dizem que Relf e McCarty não ficaram satisfeito com o resultado...
Em 1972, o Renaissance renasce com a formação totalmente diferente: John Tout; teclados; Jon Camp: baixo, vocal ocasional e de apoio;Terence Sullivan: bateria e percussão; Rob Hendry: guitarras, e a maravilhosa Annie Haslam nos vocais. Com essa formação, gravam o ótimo "Prologue"(meu predileto da banda). Jim MacCarty compõe algumas músicas, mas a maioria das canções é de autoria de um tal de Michael Dunford, letras de Betty Thacher. Das 6 faixas, em duas Annie fica cantando e nos encantando com sua voz, na base do 'ah ah ah...' Paradoxalmente , minha preferida no álbum é uma faixa cantada pelo baixista Jon Camp(canta bem também). O piano continua sendo a atração instrumental maior da banda.
O álbum seguinte, "Ashes are Burning"(1973) é um sucesso! Nele, já não contam com o guitarrista Rob Hendry. O compositor Michael Dunford toca violão, mas não é membro oficial da banda. À partir deste álbum , passam a usar orquestra , geralmente em duas faixas.
Em "Turn of the Cards"(1974), seguem a mesma linhas. As novidades são que Michael Dunford passa a integrar oficialmente a banda, tocando violão, e eles regravam o famoso adágio de Albinoni, onde só escutamos orgão e o vocal sem igual de Annie Haslam. Mas, não foi dado crédito ao compositor, e sim a Michael Dunford(Betty Thacher merecia os créditos, pois foi autora da letra). Que papelão! Apesar da velhacaria, é emocionante escutarmos essa música com orgão e o vocal encantador de Annie.
O disco seguinte é o ambicioso "Sherazade"(1975), no qual escutamos uma suite, a ocupar todo o lado 2 do vinil. Escutamos também um trabalho discreto de sintetizador. Jon Camp faz seu debut como compositor, e até mesmo John Tout compõe um pouco. Minha preferida é "Ocean Gypsy".
A criatividade continua a toda com "Novella"(1977). Neste álbum, o piano não é tão atuante como nos anteriores, embora anda marque muita presença. A que eu mais gosto é "Sisters", que tem um solo de violão clássico, que é um dos solos mais bonitos com o instrumento que eu já escutei.
"A Song For All Seasons"(1978) não é tão bom como os anteriores. Ainda assim é um bom disco. As músicas são mais curtas. E desta vez a orquestra em quase todas as músicas ao lado dos sintetizadores Michael Dunford e jon Camp tocam delicadas e discretas guitarras. O piano já não é mais o instrumento predominante. Jon Camp se solta como compositor. Minha preferida: "Closer than Yesterday". Outro destaque: "Kindness", composta e cantada por Jon Camp.
Enquanto "A Song For All Seasons" há muita orquestra, em "Azure d'Or"(1979) ela não está presente, sintetizadores e as guitarrinhas mandam no disco, cujos músicas são mais curtas, mais fáceis de se assimilar. Ainda assim, gosto mais um pouco dele do que o anterior. O baterista/percussionista Terence Sullivan deixa sua marca como compositor.
Depois disso, o Renaissance se torna um trio: Michael Dunford, Jon Camp e Annie Haslam. Músicos convidados estão no lugar do tecladista John Tout e do baterista/percussionista Terence Sullivan. Como trio, gravam "Camera Camera" e "Time Line".
Depois disso, houve algumas voltas, mas sem o mesmo impacto. Chegaram até a gravar o álbum, "Tuscany", em 2001, com John Tout, Michael Dunford, Terence Sullivan, Annie Haslam e outros. E houve, ao menos um Renaissance sem a presença de Annie Haslam, substituída por uma boa cantora, mas que não chega aos pés da musa do Renaissance.
O que eu mais gosto no Renaissance é o belíssimo vocal de Annie. Contudo, não se pode, de forma alguma, ficar indiferente ao talento dos músicos da banda. Quando, nos discos de rock, se dá crédito aos músicos da banda, ou se usa a ordem alfabética, ou se começa a citar o nome do cantor(a). No Renaissance, surpreendentemente, o nome de John Tout sempre apareceu primeiro nos créditos. Depois é que aparecia o nome de Annie Haslam. Penso que é pelo fato dele ser um músico tão refinado, que optaram por colocar seu nome em primeiro lugar. Ou seria pq ele é que exigia tal coisa? E aceitaram?! John Tout , na minha opinião, é o melhor pianista do rock. De um estilo bem clássico, fino! Jon Camp, além de ser um dos melhores baixista do rock, dono de um estilo bem pessoal, canta e compõe muiot bem! Terence Sullivan domina com maestria as baquetas e a percussão, mormente em instrumentos como o xilofone. Michael Dunford não chego a tê-lo como um exímio violonista, mas é um compositor de primeira, o principal do grupo.
Vale lembrar que Jim MacCarty, Jane Relf, Louis Cennamo, John Hawken, com o reforço de um guitarrista criaram, na segunda metade dos anos 70, o grupo Illusion, bem na linha do Renaissance- muito bom- gravaram dois discos.
http://www.youtube.com/watch?v=nTI1oP762rw&feature=related
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