A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Woody Allen


Foi na década de 80 que assisti pela primeira vez um filme com Woody Allen, "Play it Again, Sam"(Sonhos de um Sedutor), uma ótima comédia, que me fez gargalhar. Fiquei fã de WA. No entanto, não me tornei seu fã apenas pelo seu talento de comediante, fiquei impressionado de como o seu personagem se parece tanto comigo. Vi ao todo quatro filmes com o cineasta/ator, e seus personagens são a minha cara. Bem, nos parecemos, mas não somos iguais. Não sou hipocondríaco e não notei em seus personagens comportamento ciúmento.

Em o "Sonhos de Um Sedutor"-que não foi dirigido por ele- Woody interpreta Sam, um sujeito desajeitado, complexado, neurótico, q havia acabado de se separar de sua esposa, que não tolerou suas neuroses, seu jeito de ser. Não me lembro se foi neste filme ou no "Annie Hall", que sua esposa diz que ele a sufoca.  Suas manias se parecem com as minhas, como sempre assistir ao mesmo filme(rs). Sam, assim como eu, imagina o futuro, pensando sempre no pior, é um pessimista, triste, assim como o próprio Woody Allen e eu.
Logo quando se separa, ele imagina sua mulher andando de moto com um homem de ótima aparência, muito forte. O motoqueiro para a a moto e começa a fazer amor com ela, que diz: "Há quanto tempo que não sei o que é estar com um homem de verdade!" rs
Sam, sentado na sua poltrona, em sua casa, beija a mulher de seu melhor amigo. Ela, parecendo não ter gostado, vai embora imediatamente; ele fica apavorado e se culpando: "O q foi q eu fiz! Aposto q ela vai chamar a polícia". A campainha toca logo depois, ele diz: "Nossa, já é a polícia!"rs. Mas, o pessimista se enganou, era a mulher de seu melhor amigo, que volta e transa com ele, que estava perdidamente apaixonado por ela. O complicado é como contar para o seu melhor amigo, que está viajando, no momento. Aí, novamente, Sam começa a imaginar, imaginando até q seu amigo está correndo atrás dele,com uma enorme faca, querendo matá-lo. Imagina também acontecimentos a seu favor, como o amigo dizendo: "Não tem problema, fique com ela; estou com uma doença terminal e tenho poucos meses de vida".rs

Em um dos filmes que vi, ele cisma que está acometido de um tumor cerebral-mesmo não tendo sintomas-rs. Faz um exame, que dá negativo. Sai pulando no hospital, de alegria, mas, imediatamente, seu semblante se torna triste, 'que adianta, um dia vou morrer mesmo", e começa a olhar a multidão que passa, sempre questionando as coisas, não vendo boas perspectivas no futuro.

Woody Allen, assim como eu, questiona tudo: vida, morte, sexo... Há muitos anos atrás, vi uma entrevista sua, quando esteve no Brasil: ficou patente a sua tristeza e desilusão com a vida. O chato do Caetano Veloso o chamou de chato.

Em outro filme, seu personagem, depois de se sentir realizado, profissional, sentimentalmente..., manifesta vontade de consultar um psicanalista, pois sente vontade de se suicidar. rs

Grande Woody Allen!





Biografia



Nascido no dia 1º de dezembro de 1935, Allan Stewart Konigsberg desde pequeno já se envolvia no mundo do entretenimento. Aos 15 anos, já como Woody Allen, o jovem começou a escrever para colunas de jornais e programas de rádio. Ao mesmo tempo, freqüentava a Universidade de Nova York, mas nunca chegou a se formar. Em 1964, Woody já era um respeitável comediante, tanto que um disco chamado Woody Allen, com as gravações de seus shows, foi indicado ao Prêmio Grammy. Sua primeira experiência cinematográfica aconteceu no ano seguinte, quando em uma dessas apresentações conquistou um produtor de cinema que o chamou para escrever e estrelar O que é que há, gatinha? (em Portugal: O Que Há de Novo, Gatinha?). Como diretor estreou em 1969, com "Um assaltante bem trapalhão", e de lá para cá foram mais de 30 filmes, mantendo uma média de um filme por ano.



O primeiro filme premiado de Woody Allen foi Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (título original e em Portugal: Annie Hall), que recebeu quatro Oscars (três para Allen, de melhor filme, roteiro e direção, e um para Diane Keaton, de melhor atriz).



Apesar de não ter comparecido em nenhuma das cerimônias em que estava concorrendo, Woody conquistou outro prêmio de melhor roteiro original, por Hannah e suas Irmãs (em Portugal: Ana e as Suas Irmãs), e recebeu outras 18 indicações em diversas categorias. Em 2002, no Oscar seguinte aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, Allen finalmente compareceu à cerimônia para fazer uma homenagem à cidade de Nova York.



Nova York é o cenário de praticamente todos os seus filmes e lá é rodado outro clássico do cineasta, Manhattan, que recebeu diversos prêmios e conta com as presenças de Meryl Streep e, novamente, Diane Keaton, com quem teve um relacionamento.



A vida amorosa de Allen sempre deu o que falar à imprensa. Antes da fama, Woody Allen já havia tido dois casamentos e, por conseqüência, dois divórcios, com Harlene Rosen e Louise Lasser. Depois da fama, namorou várias importantes atrizes, que sempre ficavam com os papéis principais de seus filmes, até se firmar com Mia Farrow. Com a atriz ficou casado até 1997, quando começou um polêmico relacionamento com Soon Yi, filha adotiva de Mia, com quem está casado até o momento.



Fã de Ingmar Bergman, Groucho Marx, Federico Fellini, Cole Porter e Anton Chekhov, já trabalhou com Carrie Fisher, Michael Caine, Max Von Sydow, Martin Landau, Gene Wilder, Angelica Huston, Meryl Streep, Sydney Pollack, Judy Davis, Liam Neeson, Juliette Lewis, Alan Alda, Goldie Hawn, Edward Norton, Drew Barrymore, Julia Roberts, Tim Roth, Natalie Portman, Helen Hunt, Charlize Theron, Dan Aykroyd, Danny DeVito, entre outros.



Allen também é conhecido por lançar atrizes. Seu último lançamento de destaque foi Mira Sorvino, que conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel dado a ela por Allen em Poderosa Afrodite



Dirigindo, escrevendo e atuando a maioria de seus filmes, Woody Allen encarna, na maioria das vezes, um judeu nova-iorquino neurótico e fracassado. Com alguns filmes otimistas e outros nem tanto, o cineasta consegue repetir os temas sem parecer repetitivo. Nesta linha, dirigiu filmes como: Sonhos Eróticos Numa Noite de Verão (em Portugal: Uma Comédia Sexual numa Noite de Verão), Crimes e Pecados (Crimes e Escapadelas), Um Misterioso Assassinato em Manhattan (O Misterioso Assassínio em Manhattan), Todos Dizem Eu te Amo (Toda a Gente Diz que te Amo), Desconstruindo Harry (As Faces de Harry"), "Tiros na Broadway (Balas sobre a Broadway), A Rosa Púrpura do Cairo, além dos já supracitados.



Em 2000, iniciou um contrato com a DreamWorks que correspondeu com o que a crítica julgou ser sua pior fase. Apesar de realizar os divertidos Trapaceiros (em Portugal: Vigaristas de Bairro), O Escorpião de Jade (A Maldição do Escorpião de Jade), Dirigindo no Escuro (título original e em Portugal: Hollywood Ending) e Igual a Tudo na Vida (A Vida e Tudo o Mais") nessa fase, Allen nunca chegou a ser brilhante.



Depois do fim de seu contrato com a empresa de Steven Spielberg, Allen decidiu reatar o namoro com o drama. Primeiro veio a aproximação com o gênero, com o Melinda e Melinda, seguido de Match Point, que foi o primeiro drama do cineasta em 16 anos, que arrebatou muitos elogios da crítica. O longa recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro, inclusive para Melhor Filme – Drama, e uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Match Point marca ainda por ser o primeiro filme de Allen passado em Londres e também o primeiro com a atriz Scarlett Johansson. O diretor retornou à comédia em seu projeto seguinte, Scoop, também com Scarlett.



Em 2008 lançou o filme Cassandra's Dream (O Sonho de Cassandra), um filme sobre dois irmãos com problemas de dinheiro que são contratados pelo seu tio milionário para assassinarem um inimigo dele. Foi um filme muito mal recebido pela crítica e considerado dos piores de Woody Allen. O realizador não atua neste filme.



Em 2008 realizou o filme Vicky Cristina Barcelona, também com Scarlett Johansson.



Além de comediante, diretor, roteirista e ator de cinema, Woody Allen toca clarinete semanalmente num bar de Nova York. Sua ligação com a música, principalmente com o Jazz, pode ser conferida em todos os seus filmes, dos quais é responsável também pela escolha da trilha sonora. Em 2002 participou, pela primeira vez, do Festival de Cannes, onde ganhou uma Palma de Ouro pelo conjunto de sua obra.



Woody Allen se descreve da seguinte maneira "As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual (porque uso óculos) e que sou um artista (porque meus filmes sempre perdem dinheiro)".

4 comentários:

  1. Não poderia deixar de comentar: Assistir aos filmes de WA é como ter um espelho refletindo minha imagem.
    Ah, eu me identifico com a parte hipocondríaca.
    Já assistiu "Bananas"?
    Assisti esse domingo.
    Seu personagem fugiu um pouco do que estamos acostumados a ver, mas nem tanto...rsrs
    Hasta!

    ResponderExcluir
  2. Poxa! rs. Não, não vi o famoso "Bananas".

    Obrigado por seu comentário, Keila!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Adoro os filmes de Woody Allen. Vejo tudo o que consigo encontrar. Gosto muito de "Manhattan", "A rosa púrpura do rádio", "A era do rádio" e tantos outros. O último que assiti foi "Tudo pode dar certo", um filme até estranho em sua filmografia, por ser otimista, apesar do protagonista ser pessimista...
    Parabéns pela postagem e pelo blog...

    ResponderExcluir
  4. É, Gilberto, é um paradoxo! Esses não vi!

    Obrigado!
    Abraços

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão respondidos.