A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

sábado, 28 de agosto de 2010

Amizade ou Paquera?


Em 1980 fiquei a fim de uma colega de um curso. Eu estava com 24 anos; ela tinha uns 18 a no máximo 20 anos. Era bonitinha, de corpo bonito, baixinha, delicada e feminina. Era descendente de índio. Não me apaixonei, mas isso poderia ter acontecido. Eu aceitaria qualquer uma dessas opções com ela: amizade colorida ou namoro.  Eu a elogiava muito.  Um dia ela me disse: "Nossa, você só fica elogiando a gente."  Continuei com os elogios, até que ela disse: "Não espere nada de mim além de amizade". Fiquei sem graça, chateado, todavia, não fiquei com raiva dela.  Ela agiu certo, pois não queria nada comigo. Parei com os elogios.

Não sou um paquerador,sou respeitador, mas é difícil resistir ao encanto de algumas mulheres. Já aconteceu comigo fatos como:
Digo para uma mulher: "você é muito bonita".  Ela, sorridente, diz: "muito obrigada!".  Num outro dia , digo coisa similar, ela, sem sorrir, responde: 'obrigada'.  Em outra ocasião, repito o galanteio, ela não responde.  A partir daí, eu paro(alguns homens continuam...)

Tenho uma amiga virtual, que é casada, que parece gostar muito de mim.  Há um ano atrás, através de um e-mail, entre seus elogios à minha pessoa, ela afirmou: 'mas, por favor, não me interprete mal, sou casada e bem casada'. Algum tempo depois, ela disse que me tinha como um irmão, o que muito me honrou, me emocionou. No entanto, o durão aqui não a retribuiu na ocasião.  Há uns dois meses atrás, a chamei de mana. Ela parece ter gostado muito. E ela está sumida. Miss her.

Nos três parágrafos acima dei exemplos de mulheres que agem correto, mulheres que não primam pela vulgaridade, que com seus esclarecimentos e mesmo ficando em silêncio, 'cortam' as investidas de homens que querem delas algo bem maior que amizade.

Já citei , no post, "A Única vez que o vi triste", o caso de um saudoso colega de serviço, que provocado pelos calientes carinhos de uma amiga/vizinha, quis chegar junto, foi rejeitado, ouvindo o tradicional, 'você está confundindo as coisas'. Infelizmente, certas mulheres procedem da mesma forma que a citada moça.  Nada contra amizade colorida, muito ao contrário, é (bem) válido sim. No entanto, amizade colorida é uma coisa, amizade pura é outra, namoro é outra coisa mais diferente ainda. Temos que saber separar as coisas e assumir nossos atos.  Não sou freudiano, mas acredito no subconsciente.  Portanto, temos que ter cautela com nosso comportamento. Não se trata de moralismo, e sim de responsabilidade e honestidade com nós mesmos e, principalmente, com outrem.
Um exemplo de ação subcosnciente: eu tinha uma amiga, casada, que eu gostava muito, a considerei  minha melhor amiga. Ela era de outra cidade. No decorrer do nosso contato, eu e minha ex-esposa voltamos a ter um romance. E a minha ex, que não fazia uso de computador, suspeitou que eu estava de paquera com a amiga. Não só com ela, como com outra também, que eu tinha pouco contato, porém, seus avatares, com suas fotos, eram bem provocantes(outra coisa que se há de questionar: sensualidade excessiva de certas fotos...). Eu achei um absurdo as suspeitas da minha ex, me defendi, dizendo: 'ora, ambas são de outra cidade, ambas têm filho  e uma é casada. E completei: não vou perder minhas amizades por sua causa. Ela não mais tocou neste assunto. Pouco tempo depois, nos separamos novamente, sendo que o motivo nada tem a ver com ciúmes.  Eu fazia uns elogios para a minha melhor amiga, que era muito simpática, carismática e dona de um belo sorriso.  Não a elogiava em excesso, mas proferia elogios sim.  Minha ingenuidade era tamanha que acreditei que seu marido acompanhava seus passos no mundo cibernético. Um dia, eu disse, numa de suas fotos orkutianas: vou parar de elogiar o seu sorriso, pois não quero problemas com seu marido(rs). Posteriormente, ela me revelou que seu marido desconhecia seu perfil orkutiano; ela , num dia, se descuidou, e seu conjuge descobriu e, justamente, se deparou com seu melhor amigo, em sua página, a tecer exacerbados galanteios(esse melhor amigo não era eu)... Chamei sua atenção: vc não devia ter ocultado pra ele seu perfil. Sua resposta: tem razão, mas não gosto de misturar minha vida pessoal com a virtual.  Argumento frouxo, furado... A partir desse momento, comecei a questionar meus elogios. Me coloquei no lugar do marido de minha melhor amiga virtual, e, não gostaria nem um pouco de ver minha esposa sendo alvo de galanteios.  Parei com os elogios.  Nossa amizade terminou. Os motivos do fim, nada tem a ver com paquera, paixão, ciúme.  Algum tempo se passou... aí que, matutando, percebi que eu tinha  atração pela minha ex-amiga casada. Não era uma paixão, era uma atração física, por isso os elogios... Por motivos que prefiro não revelar, jamais a quereria como namorada, mas se ela fosse solteira e morássemos na mesma cidade, eu gostaria de 'ficar' com ela. E, vejam bem, só percebi isso tempos depois do final de nossa amizade. Inconscientemente, eu a queria. Vale lembrar que sempre a respeitei e ela se deu ao respeito.

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