Creio já ter dito aqui que nos anos 80 adquiri o hábito de escrever rimas, que me serviam como desabafo. Raríssimas foram objetivas, primaram pela subjetividade. Foram mal escritas, já que meu português , naquela época, era bem pior do que hoje. A maioria eu não gosto, mas como tenho o costume de guardar registros, tenho-as todas guardadas. Depois que me casei, em 1987, fiquei anos sem escrever, só voltando a rimar nos anos 1996 até 1998, em menor quantidade. No começo deste século, criei umas pouquíssimas rimas; só voltando a rimar depois que me apaixonei em 2008. Fiz mais de 40 rimas para a LL. Bati o recorde...
Esta rima, que segue abaixo, fiz em 1985. Foi baseado num romance que tive em 1982,1983. Foi baseado, nem tudo foi real, mas já mostrava minha descrença em relação ao amor, o que não me impediu de me apaixonar duas vezes no ano de 1987, sendo que a segunda foi fatal(me casei-rs); voltar a me apaixonar em 1991; algumas ficantes/amizades coloridas neste intérim; um namoro relâmpago, sem amor, em 1994; mais de 5 idas e vindas com a minha ex-esposa e, finalmente, uma coisa inusitada, me apaixonar virtualmente; surpreendentemente a maior paixão da minha vida.
O Amor é Como Uma Camisa
Keith Squeeze, desde pequeno lutava com dificuldade na luta para sobreviver
o que seu pai ganhava, mal dava para a família comer.
Seus maiores prazeres eram se alimentar e se vestir bem,
quando fazia viagens interestaduais, ele pegava um trem.
Certa vez, Keith Squeeze.olhando uma vitrine, viu uma camisa,
ele a achou linda e a queria, mas não tinha o dinheiro suficiente,
e , com isso, sofria!
Fazendo economia, se alimentando pouco, passeando menos,
conseguiu o dinheiro, comprando a camisa por dez mil cruzeiros.
No começo foi maravilhoso, era sua camisa predileta, mas aos
poucos, a camisa foi perdendo a cor; outras camisas ele foi conhecendo
e por ela perdeu o amor.
Meu nome é Leonard Feeling. Vivo economicamente bem, nunca precisei
trabalhar muito e nem ando de trem.
Meu maior prazer é o amor, quando gosto de uma garota, lhe dou uma flor.
Certa vez, conheci uma menina, seu nome era Susan Shameless, e o que eu
mais gostava nela, eram seus pés.
Á partir do momento que olhei pra ela, um sentimento nasceu, e lhe disse
que meu coração era seu.
Acabei a pedindo em casamento; ela,com muito acalento, aceitou; com
isso achei que marquei um gol.
No começo, só alegria, mas, aos poucos, percebi que não era bem
isso que eu queria.
Brigávamos demais, tudo foi perdendo o sabor; conheci outras
mulheres e acabou o amor.
Pedi o divórcio; ela disse para dar um tempo, 'um casamento não
se acaba assim', mas eu disse que não havia mais jeito, que tudo
tinha chegado ao fim.
Hoje, quando na rua nos encontramos, não nos cumprimentamos;
somos dois estranhos... e pensar que um dia nos amamos...Roderick Verden)-1985
Também tenho a impressão que o amor é como uma camisa, às vezes pode até incomodar ou apertar, mas não dá pra viver sem...
ResponderExcluirCaro Roderick, nem sei mais o que é pior, quando um amor não é correspondido. Quando ele é confundido. Quando ele não é possível.
ResponderExcluirGostei da rima, mas meu desamor está em alta nesse dia e, portanto, sinto-me mais doída ao lê-lo.
Bjin,
K.
Gilberto,na minha adolescência, bem no começo dela, existia uma tal de camisa de linho. Sério, era isso mesmo. Que coisa desagradavel; o incômodo de tê-la no meu corpo era terrível(era muito quente,pinicava no meu corpo). Eu dizia isso. Até disse pra minha segunda paixão, numa festa, quanto eu tinha 12 anos.
ResponderExcluirPela experiência q tive na vida, caro Gilberto, o amor consegue ser bem mais incomodo q tal camisa de linho, e até mesmo pior q uma camisa de força. E depois desta malfadada experiência virtual,na qual fiz de tudo a favor da minha amada, e tudo terminou em nada, tenho certeza q já é hora de dependurar as chuteiras no amor.
Sou potente, felizmente, tenho desejos, mas amor, no more , never more!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Na contramão, digo,Keila e Gilberto, felizes os que nunca amaram. Não devemos brincar com os sentimentos dos outros, mas sem desejos de posses e sem ficarmos vítimas de sentimentos ternos, como o chamado amor, ficaria tudo melhor.
Bem, se vcs, Gilberto e keila, querem insistir no amor, go on... eu, tô fora!!! No meu modo de pensar , não vale mesmo a pena.
Prefiro ficar sem camisa e ser um mendigo, mesmo um mendigo do amor.
Roderick, muito legal essa sua poesia. Mais ainda a foto da camisa com os dizeres. "Amor". Onde encontrá-lo? Um grande abraço.
ResponderExcluirOi M.. Está sumida. Que bom q vc gostou. Muita gentileza de sua parte. Ando sumido de comentar nos seus blogs e em outros. Meu computador está muito lento, devagar mesmo, mas não deixo de apreciar os seus escritos.
ResponderExcluirMuito obrigado. Abraços
Obrigada, Roderick, pela visita e eu adoro Moody Blues... gostei de seu ponto de vista sobre a vida, parecido comigo, mas tudo o que você citou no meu blog sobre os sentimentos ainda não morreu em mim! Recomeço sempre! Um abraço
ResponderExcluirbem diferente com o que vc comparou o amor!!rsrs Com a camisa. Mas tem certas verdades nisso, assim como uma camisa que vai perdendo a cor, como vc escreveu e se perde o amor, a mesma coisa pode acontecer em um relacionamento, aos poucos, ir perdendo a "cor", a essência, as qualidades, e quando se vê, não há mais amor um pelo outro. Acho que está cheia dessas camisas por ae...
ResponderExcluirbjs
Costumo dar boas-vindas para todos que frequentam meu humilde blog, mas uma pessoa chamada Virgínia Allan, é mais que bem-vinda. Acredito q com um nome desse, vc deve ser fã de Edgar Allan Poe, não?
ResponderExcluirConheço praticamente todos os discos do Moody Blues. É meu terceiro grupo predileto.
Sísifo carregava uma pedra até o topo, e ela descia novamente. Eu carreguei um coração até um cérebro, mas ele não permanecia no tal cérebro. Dizem q nada é impossível, mas não acredito mais em recomeços.
Denise. De fato, comparar amor com camisa foi uma coisa bem sem-vergonha de minha parte, tão sem-vergonha como o sobrenome da Susan(Shameless é sem-vergonha em português), e tb as rimas com os pés e o trem(rs).
E como está cheio dessas camisas, Denise, como!
Virginia e Denise, muito obrigado.
Apareçam sempre!
Ai, o amor!
ResponderExcluirPq temos essa necessidade de amar?
Seria mais simples se não fôssemos tão carentes...
Oi,apareci novamente a dar meu pitaco... em minha página do Facebook (mantenho lá também um perfil como "escritora") relembrei o mito de Sisifo, por enquanto faz parte da condição humana o sempre recomeçar, um dia, quem sabe, se formos merecedores, criaremos asas, faz parte também da condição humana alçar voos cada vez maiores, mais altos, pro mais além... tive motivos pra desistir do esforço de me tornar humana, persisto por não ter mesmo opção.. devo continuar minha jornada rumo à evolução! Fique bem e obrigada pela consideração! Fique certo que aprecerei! :)
ResponderExcluirEsqueci-me de responder.. sou sim fã de Edgar Allan Poe... o nome, claro é referêcia a sua esposa e musa inspiradora, Virgínia Clemm. Outra coisa, não vou dizer que foi um erro, mas o coração não deveria tentar chegar ao cérebro. Um coração pensa e pulsa por si mesmo, se é que me entende... COISAS DO CORAÇÃO! Mais uma vez, obrigada
ResponderExcluirKatia, como é difícil responder a essa pergunta. Penso q, independentemente da nossa vontade, nos apaixonamos e quando menos esperamos(rimou, hein-rs). Acontece mesmo com um niilista como eu...
ResponderExcluirVirgínia, talvez eu não tenha sido muito feliz em me expressar, mas o coração q eu carreguei, intensamente, foi com a intenção de chegar não só no coração da minha amada, mas tb em seu cérebro, para q ela pudesse me entender, mas ela não me entendeu.
E vc gosta de rock, não é Virginia? Notei pelos blogs q vc segue. E seu nome real, Sayonara, tb é bem bonito.
Muito obrigado pelos comentários, Kátia e Virgínia.
Tudo de bom pra vcs!
Eu gosto de rock, mas, amo o blues! Meu marido era músico e desde pequena ouço as "velhas canções" por conta de meu pai. Obrigada por achar o meu nome bonito. Muitas pessoas gostam, eu, particularmente, não muito, penso sempre naquele filme A GAROTA DO ADEUS.. bom, eu já não sou mais tão garota, graças a Deus, e dizer adeus é preciso! Entender os outros, ó tarefa dificil, não é mesmo para qualquer simples mortal, por isso persigo a imortalidade do ser... ou não ser?! Obrigada. Abraço
ResponderExcluirOlha, não sou muito amante de blues(gosto de um ou outro), porém, tenho pensado em postar um blues, q adoro, de um famoso conjunto, q pouco ou nada tem a ver com o blues. E,mais uma vez, a letra reflete o q tenho sentido de uns tempos pra cá. Não sei se conseguirei postar hoje, pois meu pc está em marcha lenta, uma tartaruga. Estou com dificuldade até em entrar nos blogs q acompanho...
ResponderExcluirEsse filme q vc citou é famoso, mas... eu não o vi. sorry rs
Eu q te agradeço, Virgínia.
Abraço
http://pt.scribd.com/virginiaallan
ResponderExcluirhttp://vi46.wordpress.com/
http://vaimetocaumblues.blogspot.com/
Os links acima são de mais dois blogs meus e ima outra rede social para busca e publicação de livros, arquivos, teses e etc.. é muito interessante!
Eu assisti, mas faz muito tempo, já nem me lembro...! Blues é um estado de espirito, pode ser alegre, triste ou mesmo confuso! ^^ Até
ResponderExcluirObrigado, Virgínia. Depois passo por lá.
ResponderExcluirTudo de bom!