A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cinco Anos

Ontem, fez cinco anos que moro sozinho. E pensei em fazer o post ontem mesmo...

Acabei dando uma saída(ultimamente só tenho saído nas sextas e nos sábados), para "comemorar". Nenhuma novidade... fui no mesmo bar, voltando pra casa rápido.
Quatro doses de pinga , uma coxinha e um saquinho de batata rufles... isso foi meu almoço.rs

Há cinco anos, eu estava bem pior do que estou agora. Apesar do sonho de morar sozinho, eu estava muito preocupado e desesperançoso, até mesmo porque , pela primeira vez, eu teria que me virar sozinho, era só eu, apenas eu.  Quando eu morava com meus pais, não tinha despesas, assim como quando morei com a minha mãe e seu companheiro. Quando morei com a minha avó materna, eu ajudava nas despesas. Já com a minha ex-mulher, as despesas eram divididas.

Com uns 40.000 na poupança, claro que eu tinha ciência que o dinheiro acabaria rápido, e que eu não tinha mais condições de trabalhar, de me manter, com o término do capital. Cheguei até a prever que o dinheiro duraria, no máximo, uns 4 anos.

Só conheci o barracão, quando me foi entregue as chaves. O local ficava uns dois quarteirões distantes da casa do meu irmão. E foi ele que escolheu meu barraco, numa de suas caminhadas com sua esposa. Por coincidência, a casa estava aberta, na ocasião. Ele deu uma olhada e falou que era um local legal.

Contudo, se eu tivesse entrado no barracão, antes de alugá-lo, não moraria nele. O muro era muito baixo. Creio que media uns 1,85 de altura.

Acredito que a recente perda da minha mãe, falecida seis meses antes, ainda me abalava, o que me deixava mais ainda de baixo astral e desanimado.

Se não me falha a memória, fiquei mais de uma semana sem arrumar as coisas, sem desembalar meus objetos. Quem havia embalado minhas coisas, foi a ex-faxineira da minha mãe, e eu não sabia nem onde estava o café, daí fiquei mais de uma semana, sem tomar café e comendo fora. Saí e bebi todos os dias.
E ainda tive muito dificuldade e problemas com a operadora NET, para instalar minha internet.

A LL, não só meu grande amor, como também minha querida amiga, na ocasião, notou o meu desânimo, a minha descrença. Ela me deu forças, foi uma boa companheira.

Minha descrença, era tanta que pensei em me matar. Cheguei a colocar a corda no pescoço. Mas, acabei desistindo.  Por que desisti?  Não sei responder. Talvez até falta de coragem, ou ainda a força do instinto de vida... "Viva ainda, até seu dinheiro acabar...".

Não, não foi a paixão pela LL que me segurou, já que , naquela época, ela dizia ter apenas amizade por mim, e eu não tinha esperança alguma que ela me correspondesse, apesar de eu adorar ficar ao seu lado; sua companhia era a coisa melhor do mundo. Porém quando pensei em me matar, não pensei nela.

Um mês depois, revelei a ela, que eu estava muito satisfeito no local em que eu morava.

Mas, foi por muito pouco tempo a minha felicidade, já que os vizinhos, que moravam parede e meia comigo, fizeram da minha vida um inferno, com poluição sonora. Sem alternativa, acabei mudando de residência.
Foi um sufoco, pois prevendo o barulho que os vizinhos, fariam no final de ano, me mudei, na véspera de natal, sem ter um local para morar. Deixei minhas coisas na casa da ex-faxineira da minha mãe e fiquei 6 dias na casa do meu irmão. Graças a ex-faxineira, encontrei um novo lar, morando em frente de sua casa.
Tive até sorte. Foi constrangedor, já que era notório que minha cunhada e seus dois filhos adolescentes, não estavam contentes com a minha presença em suas casa, mesmo eu pouco ficando na residência e almoçando fora.

Morei só por 10 meses no antigo barracão. Tive que desembolsar 620 reais, com a mudança e multa para a imobiliária, por quebra de contrato. E ainda tive sorte, pois a NET falou que eu teria que pagar uma multa, também por quebra de contrato, de 180 reais... mas não me cobrou.

... continua...

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