Meu pai, veio de uma família bem pobre. Ele teve mais cinco irmãos(três homens e duas mulheres). Ainda bem criança, começou a trabalhar, vendendo na rua coisas como pastel, feitas pela sua mãe.
Fanático por trabalho, honesto, mas também ignorante, estúpido, um contumaz agressivo verbal, até mesmo injusto. Impulsivo, tinha umas atitudes bem infelizes... criava caso à toa. Era autoritário, mandão. Costumava humilhar as pessoas. Orgulhoso!
Minha mãe falava que no final dos anos 50, ou começo dos 60, meu pai era dono da melhor banca do Mercado Central; uma banca de frutas, a única a ter telefone, naquela ocasião.
Mas ele quebrou, faliu, pois enchia a cara de cerveja e "apagava", deitado no piso da banca de frutas.
Após perder tudo, fato que, segundo a minha mãe, fez até com que quase passassem fome, com ela tendo até que fazer faxinas nas casa dos outros, o velho passou a trabalhar numa revendedora de pneus. Seu salário era muito baixo.
Depois, passou a trabalhar novamente no Mercado Central, noutra banca de frutas, de propriedade do seu irmão mais velho, que era rico. Trabalhou anos, ganhando uma pequena sociedade nos lucros. No entanto, ele e seu irmão, não se entendiam. Ambos vaidosos, de gênio forte, e meu pai era bem pior do que meu tio.
Ele dizia que seu irmão/patrão o humilhava. Bem, eu fui empregado do meu tio por três vezes. Ele foi o melhor patrão que tive. Nunca me humilhou, sempre me tratou muito bem, então...
Se não me falha a memória, o Ceasa(acho que o certo é falar a Ceasa, mas eu, e muitos, acostumamos a falar errado-rs) foi criado em 1973. Com isso os atacadistas do Mercado Central, foram obrigados a transferir suas lojas para longe, bem longe do centro. Um atacadista , fez uma proposta irrecusável para o meu pai, para ele gerenciar sua loja de frutas. O velho, lógico, aceitou.
O salário do meu pai era bem alto. Seu patrão, apenas ia na loja para contar o dinheiro... Meu pai, muito bom de serviço, um ótimo comerciante, tomava, com sua mão férrea, seu autoritarismo, conta de tudo.
Melhoramos bem de vida. Tivemos muito conforto, embora não termos comprado uma casa mais próxima do centro da cidade.
Poderíamos ter ficado ricos, mas isso não ocorreu. Por que? Bem, penso que meus pais não sabiam aplicar o dinheiro, não eram empreendedores, eram perdulários. Muitas e muitas roupas de grife, muitos gastos com a casa-incluindo as intermináveis reformas e pinturas- sempre trocando de carro, tudo do melhor para dentro de casa, incluindo até campainhas super sofisticadas. Se o dinheiro sobrasse no final do mês, colocavam na caderneta de poupança...
...continua...
Fanático por trabalho, honesto, mas também ignorante, estúpido, um contumaz agressivo verbal, até mesmo injusto. Impulsivo, tinha umas atitudes bem infelizes... criava caso à toa. Era autoritário, mandão. Costumava humilhar as pessoas. Orgulhoso!
Minha mãe falava que no final dos anos 50, ou começo dos 60, meu pai era dono da melhor banca do Mercado Central; uma banca de frutas, a única a ter telefone, naquela ocasião.
Mas ele quebrou, faliu, pois enchia a cara de cerveja e "apagava", deitado no piso da banca de frutas.
Após perder tudo, fato que, segundo a minha mãe, fez até com que quase passassem fome, com ela tendo até que fazer faxinas nas casa dos outros, o velho passou a trabalhar numa revendedora de pneus. Seu salário era muito baixo.
Depois, passou a trabalhar novamente no Mercado Central, noutra banca de frutas, de propriedade do seu irmão mais velho, que era rico. Trabalhou anos, ganhando uma pequena sociedade nos lucros. No entanto, ele e seu irmão, não se entendiam. Ambos vaidosos, de gênio forte, e meu pai era bem pior do que meu tio.
Ele dizia que seu irmão/patrão o humilhava. Bem, eu fui empregado do meu tio por três vezes. Ele foi o melhor patrão que tive. Nunca me humilhou, sempre me tratou muito bem, então...
Se não me falha a memória, o Ceasa(acho que o certo é falar a Ceasa, mas eu, e muitos, acostumamos a falar errado-rs) foi criado em 1973. Com isso os atacadistas do Mercado Central, foram obrigados a transferir suas lojas para longe, bem longe do centro. Um atacadista , fez uma proposta irrecusável para o meu pai, para ele gerenciar sua loja de frutas. O velho, lógico, aceitou.
O salário do meu pai era bem alto. Seu patrão, apenas ia na loja para contar o dinheiro... Meu pai, muito bom de serviço, um ótimo comerciante, tomava, com sua mão férrea, seu autoritarismo, conta de tudo.
Melhoramos bem de vida. Tivemos muito conforto, embora não termos comprado uma casa mais próxima do centro da cidade.
Poderíamos ter ficado ricos, mas isso não ocorreu. Por que? Bem, penso que meus pais não sabiam aplicar o dinheiro, não eram empreendedores, eram perdulários. Muitas e muitas roupas de grife, muitos gastos com a casa-incluindo as intermináveis reformas e pinturas- sempre trocando de carro, tudo do melhor para dentro de casa, incluindo até campainhas super sofisticadas. Se o dinheiro sobrasse no final do mês, colocavam na caderneta de poupança...
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