A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pais Inteligentes... Filhos Burros?

Meu pai, veio de uma família bem pobre. Ele teve mais cinco irmãos(três homens e duas mulheres). Ainda bem criança, começou a trabalhar, vendendo na rua coisas como pastel, feitas pela sua mãe.

Fanático por trabalho, honesto, mas também ignorante, estúpido, um contumaz agressivo verbal, até mesmo injusto. Impulsivo, tinha umas atitudes bem infelizes... criava caso à toa. Era autoritário, mandão. Costumava humilhar as pessoas. Orgulhoso!

Minha mãe falava que no final dos anos 50, ou começo dos 60, meu pai era dono da melhor banca do Mercado Central; uma banca de frutas, a única a ter telefone, naquela ocasião.
Mas ele quebrou, faliu, pois enchia a cara de cerveja e "apagava", deitado no piso da banca de frutas.

Após perder tudo, fato que, segundo a minha mãe, fez até com que quase  passassem fome, com ela tendo até que fazer faxinas nas casa dos outros, o velho passou a trabalhar numa revendedora de pneus. Seu salário era muito baixo.

Depois, passou a trabalhar novamente no Mercado Central, noutra banca de frutas, de propriedade do seu irmão mais velho, que era rico. Trabalhou anos, ganhando uma pequena sociedade nos lucros. No entanto, ele e seu irmão, não se entendiam. Ambos vaidosos, de gênio forte, e meu pai era bem pior do que meu tio.

Ele dizia que seu irmão/patrão o humilhava. Bem, eu fui empregado do meu tio por três vezes. Ele foi o melhor patrão que tive. Nunca me humilhou, sempre me tratou muito bem, então...

Se não me falha a memória, o Ceasa(acho que o certo é falar a Ceasa, mas eu, e muitos, acostumamos a falar errado-rs) foi criado em 1973. Com isso os atacadistas do Mercado Central, foram obrigados a transferir suas lojas para longe, bem longe do  centro. Um atacadista , fez uma proposta irrecusável para o meu pai, para ele gerenciar sua loja de frutas. O velho, lógico, aceitou.

O salário do meu pai era bem alto. Seu patrão, apenas ia na loja para contar o dinheiro... Meu pai, muito bom de serviço, um ótimo comerciante, tomava, com sua mão férrea, seu autoritarismo, conta de tudo.

Melhoramos bem de vida. Tivemos muito conforto, embora não termos comprado uma casa mais próxima do centro da cidade.

Poderíamos ter ficado ricos, mas isso não ocorreu. Por que? Bem, penso que meus pais não sabiam aplicar o dinheiro, não eram empreendedores, eram perdulários. Muitas e muitas roupas de grife, muitos gastos com a casa-incluindo as intermináveis reformas e pinturas- sempre trocando de carro, tudo do melhor para dentro de casa, incluindo até campainhas super sofisticadas. Se o dinheiro sobrasse no final do mês, colocavam na caderneta de poupança...

...continua...


6 comentários:

  1. Fato que ganhar dinheiro para alguns é um infortúnio. Para outros, chega a ser uma melhora significativa de vida.

    Pena que as coisas não saíram como determinadas. Se o seu pai era bom mesmo no comércio, faltou administração.

    Uma pena!

    Beijos

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    1. Oi Suzi. É, eu não tenho inveja de gente rica. Penso até que quanto mais posses, mais problemas. No entanto, obviamente, dinheiro ajuda, e é bem saudável termos uma boa profissão, para nos mantermos.

      Veja bem, eu e meu irmão chegamos a seguir os passos do nosso pai, trabalhando no comércio, mas não fomos felizes.
      Não tivemos o mesmo dom.

      Obrigado, Suzi.

      Beijos!

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  2. Não acredito nesta teoria. O que faltou foi ele ensinar como fazer o dinheiro render. rsrsrsr
    Meu pai, assim como eu, não sabia gastar dinheiro. rsrsrsrs
    Beijos!!!

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    1. Oi Janice.
      Pelo que entendi vc e seu pai são mão de vaca, não é isso?rs

      Fiz um comentário no seu post "O Cortejo", mas vc o apagou.rs

      Obrigado!

      Beijos!

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  3. Que bom poder voltar por aqui!
    To retornando a ler agora, comecei da primeira parte pra entender bem o fio da meada :)

    beijocas caveira, beijocas! :)

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  4. Oi Gisa, é sempre um prazer a sua presença.

    Li seu último post, mas novamente não consegui comentar...rs

    Bem, eu já sabia que os italianos eram impulsivos, passionais, barulhentos, creio que até briguentos, mas o que vc revelou no seu mais recente post, me deixou chocado e indignado!

    Beijos!

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