Nem sei quem é o tal Juan Luís Vives, o que disse que quem guarda rancor é cruel, mau e baixo. Só concordo com ele quando ele diz que quem não perdoa é duro, aí, sim.
Pior que o rancor, é a hipocrisia, a demagogia, a falsidade, a panelinha, o tal corporativismo.
Não sei se já disse isso por aqui, bem eu seria capaz de socorrer, por acaso, um desafeto meu, se ele estivesse passando mal, sofresse um acidente... Ele poderia me agradecer, mas nunca eu seria seu amigo. Assim como se ocorresse o contrário... eu o agradeceria, mas é ele pro seu canto e eu pro meu.
Sou apenas mais uma gota do oceano, neste vasto universo, pra que orgulho, não? Mas, se outra gota do oceano vem me encher a paciência, me prejudicar, ela vai levar o troco; tenho que me defender, e enquanto eu tiver lucidez, vou continuar me defendendo.
Sou um pé-rapado, um João Ninguém, mas não admito que pés cabeludos, que Joões Alguém venham a me humilhar , a me ofender.
Outra coisa que não concordo: "aqui se faz, aqui se paga".
Quantas e quantas pessoas aprontam, e seguem sua vida. Elas têm problemas como as outras, e muitas morrem tranquilas, enquanto alguns que têm ética, morrem acometidos por doenças terríveis, isso quando não são assassinadas, ou sofrem acidentes.
Yustrich, um famoso técnico de futebol, morreu, depois de ter tanto desafeto, de ter sido quase assassinado pelo também irascível João Saldanha, que foi a até a concentração do Flamengo armado com um revólver, para matá-lo,morreu de morte natural, aos 72 anos.
Almir, outra figura futebolística, que jogou entre outros clubes, incluindo o Flamengo, morreu assassinado, aos 35 anos. Era um criador de caso, brigador... Depois de bem tempo de ter abandonado o futebol, viraria manchete de jornal, e eu li, na primeira página do jornal "Diário da Tarde", de BH: "Mataram o Rei da Catimba". Isso, com uma foto , na primeira página, com ele morto, no bar... Teve um fim merecido, mas quantos outros não teve o mesmo fim? Muitos e muitos.
Voltando ao Yustrich, foi um técnico autoritário, retrógrado, agressivo, que suscitava ódio, a não ser para aqueles jogadores submissos, ou, na melhor das hipóteses, que tudo para eles estariam bem, e, claro, não se importavam de não serem cabeludos, em plena época que isso era moda, e de não usarem barbas. Yustrich era um típico técnico que combinava muito com o regime militar.
O famoso jogador Nelinho foi um dos seus desafetos, quando o craque jogava no Cruzeiro.
O famigerado "Homão"(era assim o apelido do Yustrich), quando voltou a ser técnico-acho que desta vez foi no Atlético- depois de mais um de seus discursos, foi abraçar os jogadores... entre eles, o Nelinho. que não aceitou o abraço: "Ora, vc me chamou de carne podre, e agora vem me abraçar?!" Nelinho não perdoou, e eu gostei.
Então, é isso, quantos e quantos aprontam, e continuam sobrevivendo. Uns colhem mesmo o que plantam, como o casal que morreu assassinado, recentemente, em São Paulo, depois de tempos e tempos, perturbar um vizinho com barulho; o vizinho, sessentão, matou os dois, e depois se matou.
Dá pra entender a vida? Uns pagam, outros não. E a injustiça prima.
Espiritismo? Budismo? Hinduísmo? A justiça de Deus? Evangélicos... Católicos... Muçulmanos... Judaístas... e tantos... filosofias, psicologias... e o mundo continua isso que estamos presenciando.
Não existe justiça no mundo, que continuo achando é dos espertos, dos que têm habilidade, dos que conseguem controlar a situação a seu favor, independente de terem ética. E volto a dizer, tenho ética, e disso não abro mão, mas não tenho competência, não tenho habilidade para contornar a situação a meu favor. Ainda assim, sou mais eu. Dane-se os meus inimigos e /ou os que me ignoram!
Ah, mas o Brasil vai melhorar depois destas manifestações,que andam acontecendo... ah, como vai melhorar. rá rá rá
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