A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

terça-feira, 18 de junho de 2013

Perdão , Rancor...


A pessoa que não perdoa e que joga pragas em outrem, não costuma ser bem vista por alguns.

Eu tinha meus 15 anos e já estava com o saco cheio de algumas visitas, que frequentavam a casa de meus pais. Elas eram umas amigas esquisitas, de comportamento mais que duvidoso(não todas, mas a maioria) da minha avó materna. E minha mãe era um filha muito submissa... Uma delas eu tinha enorme antipatia: a Ro.
Quando eu era criança, ela , na presença da minha mãe e da minha avó-sem que as duas dissessem nada- falava que eu era um menino antipático(rs). Já na adolescência, ela vinha até a mim, toda melosa,com beijinhos no rosto... bem pegajosa.

Um dia, falei com a empregada lá de casa, e creio, não estou mais bem certo, que minha avó e mãe também estavam presentes: a Ro deveria é morrer!(falei tal coisa, sem ela estar presente).  Só recordo da reação da empregada(eu e ela não nos dávamos bem-rs): " a gente não deve querer mal às pessoas, pois o mal pode vir pra gente".
Assim como é perda de tempo jogar pragas, é bobagem também dizer o que a empregada disse. Ninguém lá em casa morreu ou ficou doente, ou sofreu acidente. Os problemas que tínhamos eram corriqueiros, como os de muitas pessoas. O ano em que eu joguei a praga na Ro foi 1971, se não me engano; minha avó materna morreu em 1998, meu pai em 2002 e a mama em 2008. A Ro, não me lembro mais, se morreu ainda nos anos 70 ou na década de 80, sei que mais bem tempo depois da minha praga.

Vale lembrar que, praticamente, ninguém gostava da Ro. Ela morava sozinha, não trabalhava e nem fazia almoço; almoçava, cada dia na casa de alguém. Era comum a frase das suas "amigas": "A Ro é falsa".

Quando eu frequentava um centro espírita kardecista, achei curiosa a postura de um homem, mais velho do que meu pai. Ele era marido da presidente do centro espírita. Assim como ela, ou melhor, mais do que ela, e era sisudo, bravo, tinha todo aquele tipão de pessoa briguenta. Nunca tive problema com ele, o achava até legal, embora nossa convivência tenha sido  pouca. Sua esposa sempre me tratou bem, parecendo gostar de mim. Uma vez, ela disse, sem ele estar presente, diante de mim e outras pessoas, que seu cônjuge , era um homem que não pedia desculpas a ninguém. Não concordo com ele neste ponto, penso que todos erramos, desculpas fazem parte; se bem que entre desculpar ou não, temos de levar em conta a gravidade da ofensa, do mal que uma determinada pessoa nos fez.

Um ponto em que concordei com ele, e achei até engraçado, foi quando numa das reuniões do centro espírita, o tema foi "o perdão".  Ele disse algo assim: "Me desculpem os amigos espirituais, mas quando uma pessoa apronta comigo, é ela para um lado , eu para o outro...

Uma conhecida, uma vez me disse que um colega ficou com raiva dela, devido algo que ela disse pra ele. Cortou as relações... Tempos depois, ela o procura, pedindo desculpas. Ele diz ter aceitado as desculpas, mas não mais conversou com ela... a amizade se acabou.

continua...

4 comentários:

  1. Ola Roderick! Eu não sei ao certo quando comecei a seguir teu blog, mas hoje, olhando as atualizações gerais, me chamou muito a atenção este tema "Perdão"! Sou evangélica (não do tipo fanática, apesar de não vir ao caso), e ontem fui conhecer por curiosidade a igreja dos meus pais. Chegando lá , por conta da chuva e dos protestos aqui na minha cidade, não deu nem 15 pessoas. Eu era uma das duas visitantes do dia. O pastor iniciou o culto e disse o seguinte: "Amados, preparei o culto de hoje com um tema, mas chegando aqui Deus me mandou mudar tudo e dar uma palavra sobre perdão, pois existe uma ou mais pessoas aqui que precisam ouví-la.
    Pensei comigo: bom, não é pra mim.
    Ouvi tudo atentamente e comecei a perceber que poderia ser. Para minha surpresa, ao acabar o culto, esbarrei com uma moça, quando vi era a ex do meu ex, uma pessoa que me incomodou muito no passado. Claro, olhei pra ela com raiva...
    Vim embora e hoje estava pensando muito sobre isto, quando vi sua postagem e li tudo.
    Conclui que realmente era um sinal, estou mesmo precisando libertar alguns dragões que estão querendo pular fora do meu peito...

    Achei bem interessante sua maneira de escrever, se parece bastante com a minha as vezes.
    Continue escrevendo, e o mais bacana é esta coisa de não ficar criando expectativas com os blogs!
    Eu gosto do meu, mas também não vivo em função dele, é apenas um filho querido à quem recorro em momentos de transbordãncia.
    Abração

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  2. Patricia, gostei muito do seu comentário.
    Nota-se mesmo pelo que vc disse que não é uma evangélica fanática, assim como uma sobrinha que tenho(sobrinha virtual-rs).

    Rancor, de fato, faz muito mal. Mas, eu acho que a coisa mais sábia, é não conviver , não depararmos com os nossos desafetos, o que nem sempre é possível.

    Muito obrigado por sua presença.

    Apareça sempre!

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  3. Aparecerei com toda certeza!
    Abraço e ótimo final de semana!!

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  4. Obrigado. E um ótimo final de semana pra vc também.

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