A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Quatro Anos(Hard Loving Man)

Não sei se já falei isso na blogosfera... Bom, já aconteceu, durante a minha vida, de eu sentir atração forte por uma determinada garota, na sala de aula, no trabalho, na vizinhança e em tantos outros lugares... aquele lance: essa menina, poderia ser minha namorada, gostaria de namorá-la. Porém, ao ver o modo como ela se comporta com os outros, principalmente com os homens, eu perdia o desejo, o desejo de namorar. Ficar sim, ter uma amizade colorida, ótimo, mas paixão, levar tal pessoa a sério, não. Umas, mal elas abriam a boca, e eu desanimava...rs

Gostei muito da minha terceira namorada, mas me irritava seu extrovertimento. Namorávamos duas, três vezes por semana. Mesmo com seu extrovertimento e meu exacerbado ciume, não dava muito para perceber seus contatos com as pessoas, em especial com os homens. Ainda assim, ela não tolerou meu ciume, me dispensando , depois de uns 4 meses de namoro...

Minha ex-mulher, muito extrovertida também, mas sem amigos(a), foi alvo igualmente do meu ciume, mormente no começo do casamento. Ao perceber que isso estava destruindo nossa união, fiquei mais moderado, adotando o "o que nossos olhos não vêem , nosso coração não sente". Daí, evitava pensar de como ela se comportava no seu local de trabalho, na rua...

Há quem subestime relacionamentos virtuais, mas eles existem. E ao seguir os passos da pessoa amada, no mundo cibernético, testemunhamos ela sendo alvo de carinhos exacerbados, galanteios diversos, cantadas... E vemos o assanhamento da mesma. Lemos opiniões dela, a qual achamos inconsequentes, a nos fazer pensar: essa foi a pessoa que escolhi?  Ter um romance com uma pessoa, a qual vemos sua participação no mundo virtual, é como trabalhar na mesma empresa, ou ser colega de sala de aula dela, com a diferença, que no chamado mundo real, ela não fica tão assanhada, é mais comedida, e nossos colegas, tirante pouquíssimas exceções, não ficam de chamegos, de paqueras. É como também se a gente morasse com a pessoa amada, com nenhum dos dois trabalhando, o dia inteiro juntos, em casa ou saindo às vezes(bem enjoativo).
A paixão acaba, tem de acabar. Umas pessoas dizem que certos casais, que estão há muito tempo juntos, se amam. Mas isso , seria mesmo amor? Isso não seria conveniência? Se eles preferem viver juntos do que separados, tudo bem, mas, isso seria mesmo amor?

E, salvo as pequenas exceções, de praxe, no mundo virtual, temos a grande possibilidade de nos tornarmos volúveis. João namora, está apaixonado pela Maria, mas, virtualmente, conhece a Nádia. Vamos supor que João seja fiel, que controle seus desejos, no entanto, ele sente uma enorme afetividade pela Nádia, e ela por ele; o caso pode não vingar, nada rolando, mas balançou os dois; ficaria pior ainda se a Maria soubesse do contato dos mesmos. Creio que ela não gostaria nem um pouco disso, não? E mesmo se  duas pessoas somente fazem contato através da blogosfera ou de coisas como scraps, não conversando em MSN, por exemplo, há um contato. O tal João estaria sujeito, no futuro, a conhecer uma pessoa mais interessante ainda do que a Nádia... Portanto, mesmo não havendo traição, há um contato, há afinidade,carinho, o que para uma pessoa ciumenta, é um verdadeiro martírio. E em muitos casos, existe a traição. A distância geográfica pode até impedir que se conheçam pessoalmente,  mas eles se gostam virtualmente. Eternos mal entendidos, desagradáveis coincidências sem fim. O rol da pessoa amada sempre a aumentar...

A meu ver, ter um romance com uma pessoa que interage no mundo cibernético, é como namorar uma atriz/modelo. Vá, há até um exagero, pois atrizes beijam, quando filmam, e costumam se expor mais, mas no mundo virtual, a pessoa  se expõe também.

Namorar com uma mulher que interage no mundo virtual, é como ter um relacionamento aberto,  e eu não gosto disso. E no meu caso com a LL, eu levo uma grande desvantagem, pois não sou sensual, não sou letrado, não sou intelectual, não sou poeta e nem escritor. Será que quem me lê, mesmo me prestigiando, me leva a sério? O que sou para as pessoas que me seguem? Pelo que pude notar, sou um histrião, um maluco, obsessivo, machista, um sujeito que parou no tempo, amargo, que pouco ou nada tem a dizer. E a LL?  Linda, sensual, sedutora, culta, inteligente, animada, super educada, poeta e contista, rica em conhecimentos gerais, extrovertida... Portanto, é como se fosse um relacionamento aberto, em que um transa com diversas pessoas, e o outro transa com poucos, ou com nenhum. Minha desvantagem é enorme.

Crítico como sou do comportamento humano, nem a pessoa que amo, escapa das minhas críticas, e , no mundo virtual, os defeitos da pessoa amada são mais visíveis. Sou um hard lovin man.

Uma das conclusões que cheguei, e digo isso com uma imensa tristeza: eu e a LL caímos numa armadilha do destino.

2 comentários:

  1. Uma paixão recolhida deve ser muito ruim.
    Beijos!!

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  2. É difícil, é complicado, Janice.

    Muito obrigado pelos comentários.

    Abraços

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