A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Apelidos

Ontem vi um post bem interessante, num blog, a respeito de apelidos. A blogueira lembrava os apelidos que teve. Apelidos em mulheres costumam ser light, amenos...
Nos homens, são mais grotescos.

Meu primeiro apelido, foi quando eu tinha meus 10,11 anos; me apelidaram de Dentinho, por causa dos meus dois dentes separados na frente. Eu não importava com esse apelido, mas os outros que me colocaram posteriormente, me irritavam. Isso, possivelmente, é um indício do meu gênio irascível. Eu xingava ao ser chamado por apelido,ameaçava, e cheguei até a partir para agressão física, algumas vezes. No entanto, os apelidos não pegaram, no final, todos me chamavam pelo meu nome verdadeiro.

Dos 13 aos 17 anos,  morei numa mesma residência, no qual tinha colegas e diversos contatos. Meus dois melhores amigos, o A. e o G. tinham apelidos, embora serem chamados com mais frequência pelos seus nomes. O A. tinha dois apelidos, Castiçal(nunca soube o motivo do apelido) e Hiena(ele era parecido com o animal), o G. tinha o apelido de Casado, pois, de principio, ele estava sempre acompanhado de colegas bem mais jovens(nada a ver com homossexualismo), e os caras grandes, mais velhos do que nós, colocaram esse apelido nele porque, os meninos seriam seus filhos(rs), daí, ele era casado(rs).

Pé de Boi morava na mesma rua que eu morava. Seu apelido era devido ao seu monstruoso pé. Nem mais me lembro seu nome; praticamente todos o chamavam pelo apelido. Um preto, que morava em outra rua, tinha o apelido de Lamparina e Picolé de Asfalto. O E. por ter cabelos anelados, ouriçados, foi apelidado de Caetano(numa alusão ao Caetano Veloso, que usava cabelos assim, na época). E. morava em frente de seu colega. o Grilo, que tinha como irmão o Sapão(apelido dado devido à sua obesidade). O Bode era gente muito boa.

Já fui colega de serviço de um preto, que tinha dois apelidos: Chofer e Sonho. O Canequinha tinha tal apelido , por seu bem pequeno e franzino, tinha uma aparência infantil. Nunca soube o porque que o A.E. era chamado de Cocada, nem ele me soube explicar, só falou que era um apelido que tinha desde criança.
Scooby Doo era o apelido do G.A.(ele parecia com o cachorro-rs).  O Topo Gigio me vendeu muito café, num bar do Mercado Central. O Zé Colmeia, que também tinha o apelido de Menino, devido sua baixa estatura, morreu de cirrose, anos atrás, aos 54 anos. Eu gostava muito do falante Papagaio, também já falecido. O Pernambuco, que havia nascido em Alagoas, não gostava de ser chamado de Cearense(para ele , cearense não prestava), quando bebia muito suas cachaças, se "tornava gay", mesmo com o tipo masculino e grosseiro, mesmo sendo pai e avô.  Mas, a maior figuraça , que tinha apelido, no Mercado Central, era o Zé Hemorróida. Isso mesmo, Zé Hemorroida.  Ele era baixinho, careca, parecia ser nordestino. Era tipo um mendigo, que sempre andava carregando um saco de linhagem. Frequentava assiduamente o Mercado Central. Eu escuta de longe, sabendo que ele estava por perto, pois os balconistas das bancas, gritavam: "Ô Zé Hemorroida". Ele respondia sempre a mesma coisa, xingando, "Ô Filho da Puta!rs. Mesmo eu que não gostava de apelidos, abria uma exceção para ele... E ele costumava a nos responder no mesmo tom que a gente o chamava, se falávamos seu apelido pausadamente, ele repetia o filho da puta pausadamente.
As duas últimas vezes que o vi, foi num ônibus, que nos levava ao Ceasa. Ele entrou no veículo no meio do caminho. Ficou de pé-o ônibus estava lotado- e estava com o semblante de quem estaria muito cansado. Na última vez, foi em 1990, quando eu estava num ônibus, que me levava para o trabalho, o vi na rua, do lado de uma caçamba, com o bilau de fora.  Morreu há muitos anos, afogado , em sua terra natal.

Meu irmão era gordo , quando mais jovem. Teve diversos apelidos: Elefantinho da Shell, Jumbo, Botijão de Gáz, Porquinho, Caruncho, etc... Ele não perdia a esportiva ao ser chamado pelos apelidos.

Mas, o apelido mais esquisito e incomodo que eu tive conhecimento , foi o do Podre. O Podre morava perto de eu onde eu residia. Era mais velho do que eu, moreno, tipo mulato, alto e magro. Era um sujeito muito legal, calmo, alegre. Até hoje, não sei seu nome. Estranho demais, não é, todos, incluindo eu, o cumprimentava assim, Ô Podre.rs. Apelidos assim pegam mal, mas ele não se importava.rs

2 comentários:

  1. Lá em casa apelido não vingava. Lavavamos na brincadeira e logo caia no esquecimento.
    Meu filhos colocavam cada um em si. só que não vingava.Quando colocavam na escola ele gostavam e quando menos esperava, caia no esquecimento.
    Eu não sou muito chegada a apelido, só em caso da pessoa dizer que gosta.

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  2. Modéstia à parte achei este post bem interessante, e só vc comentou, Janice.
    Muito obrigado.

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