A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Amizades e Simpatias Não Correspondidas

Eu diria que foi meio traumático a mudança de residência ocorrida em 30.12.1973.
Se bem que com o tempo suspeitei que eu não seria feliz se continuasse a morar no tal prédio, que vivi por quatro anos. Quem sabe eu nem sobreviveria?
Com o correr dos anos, mudamos nossa postura, uns chegam até a evoluir, a mudar mesmo, enquanto outros se estacionam. Creio que mesmo se eu , caso continuasse a morar no mencionado local, voltasse a conversar com o G, a amizade não seria como foi antes. E , analisando os tais quatro anos, me dei conta que o que houve de bom , neste local em que eu morava, foi a amizade entre eu e os A e G, só isso!
Novamente, comprovando retardamento(rs), custei a perceber que não fui feliz em tal lugar. Até mesmo pelo fato de ter saído de lá com inimizade por um tanto de gente.

Simpatias Não Correspondidas

Minha humilde pessoa trabalhou como balconista no Mercado Central, mais especificamente no período de 1973 a 1979.  Existia um sujeito, com idade para ser meu pai, que era dono de uma banca que vendia mexerica, limão, manga. Ele era magrelo, trabalhava gritando: "Mexerica carioca, doce até o caroço!". Eu me simpatizava com ele, e em 1975 trabalhei em frente à sua banca. Eu costumava, como quase todos do mercado, a chegar no trabalho antes das 6 da manhã. O Magrelo(assim que o vou chamar-ele tinha um apelido similar) já estava trabalhando quando eu chegava. Eu o cumprimentava, ele retribuia.
Eu gostava do seu jeito, do seu senso de humor. Porém, rapidamente, notei que ele, uma pessoa muito comunicativa e brincalhona, não conversava comigo, a não ser quando eu o procurava, o que não era com frequência também, mas ele conversava com todos, menos comigo.  Suspeitando que o mesmo não gostava de mim, falei  à sua empregada: "Acho que seu patrão não vai muito com minha cara..." Ela: "Não vai mesmo!" Eu queria entender o motivo. Ela falou que ele me achava antipático, que não gostava do meu jeito. Nunca mais conversei com ele, e parei de cumprimentá-lo na manhã, evidente. Paradoxalmente, seu filho, que deveria ter uns 13,14 anos, parecia gostar de mim, e eu o achava um chato... Ah, tomei antipatia, à partir daí, do Magrelo(rs).

Quando trabalhei numa multinacional, havia um faxineiro, aproximadamente da minha idade, que eu o achava um cara legal, embora termos conversado poucas vezes. Sempre quando eu passava por ele, o cumprimentava(sempre era eu a tomar a iniciativa de saudá-lo), ele respondia, com a cara boa, "tudo jóia". Um dia, quando eu e um outro colega estávamos no refeitório, sentados numa mesa que cabia quatro pessoas, o colega chamou o C para se sentar conosco; eu estava de costas pra ele, aí meu colega olhou pra mim, espantado, deu até pra ler seu pensamento: "Poxa, o C não gosta do Verden!"(rs). Perguntei o motivo dele me olhar com a cara de espanto, ele não quis responder, alegando não ser nada. E ele não se sentou com a gente. Nunca mais conversei com ele e nem o cumprimentei...

Ora, se minha humilde pessoa não adula nem mulheres e crianças,vai adular homens?rs
E, falando em criança, eu adorava uma meninha, muito bonitinha e simpática, que morava do lado de minha casa, entre os anos 80 e 90. Lhe dei uma mexerica. Tempos depois, ao lhe dar outra, ela não aceitou e ainda fez cara ruim(rs). Aí que caí na real, me lembrando que uma vez, ela com a cara bem fechada, com o tom de censura, me perguntou: "Você não trabalha, não?"rs(durante grande parte da vida, fui muito instável no campo profissional,com isso passava algum tempo desempregado). Verdade que para ela ter feito tal pergunta, foi porque ouviu comentários de seus pais e de seus irmãos, a respeito da minha vagabundagem.
Não fiquei com antipatia dela, como fiquei com os dois citados acima, mas fiquei sem graça e chateado. Ela não ganhou mais mexerica...rs

Vou comentar um fato à parte, que até hoje acho  estranho. Sempre fui tipo aquela música gravada pelo Roberto Carlos, de gostar só de quem gosta de mim. No entanto, uma coisa estranha me ocorreu quando eu tinha 11 anos. Na época, eu era o que costumávamos de chamar de 'inocente'. Eu não sabia o que era sexo. Não acreditava em cegonha, lógico(rs), mas não tinha conhecimento de ser através de um ato sexual, que um ser era gerado. E me apaixonei por uma colega de sala, um ano mais nova do que eu. Até aí, tudo bem, não?
Só que ela parecia não ir com a minha cara. Isso eu percebi no ano anterior. Ao me apaixonar, estávamos cursando o quarto ano primário. Éramos da mesma sala desde o segundo semestre do segundo ano primário. No terceiro ano, entrou para nossa sala, um tal de Francisco, um sujeito muito alegre, brincalhão, adorado por todos. Eu e ele ficávamos muito juntos. Um dia, nós estávamos , diante das meninas, fazendo gracinhas, contando piadinhas, aí a T afirmou:  "O Francisco é muito engraçado, mas você é muito sem graça"rs. E como eu fiquei sem graça!rs. E no ano seguinte, o Francisco já havia saído do colégio, as aulas haviam começado e, como era de praxe, alguns alunos não apareciam nas primeiras aulas, devido estarem viajando.
E um dos que não apareceu, foi a T. Senti muita falta dela, acabando por perceber que estava apaixonado pela mesma, querendo namorá-la(eu não sabia o que era sexo, mas sabia o que era namoro, beijo...rs).
Nesta ocasião, colegas , meninas e meninos, conversávamos sobre paixão, aí falei que eu estava apaixonado por uma menina, que ainda não havia voltado ás aulas. Eles tentaram adivinhar, mas não conseguiram...
Eu  já era bem louco, na época, pra eu chegar até o colégio , bastava eu subir uma rua, em frente da minha casa, virar á esquerda e andar, no máximo, mais uns 50 metros, porém, eu caminhava uns três quarteirões, para me encontrar 'casualmente' com a T. E conversávamos... Creio que pelo menos ela não tinha mais antipatia de mim(ou será que ela quando falou da minha falta de graça, quis apenas ser franca?). Mas, não consegui namorá-la: minha timidez, junto com o medo de levar um fora, não permitiram, e também, no ano seguinte, ela saiu do colégio. Nunca mais eu vi a bonitinha T, magrinha, longos cabelos * louros, a mesma T, que antes de eu me apaixonar, disse, ao vê-la, ao passar em frente da minha casa, vestida de caipira(festa junina), 'você está  bonita!". Ela, com sua voz fininha: "Obrigada!".

É, mais uma vez, exibi minha prolixidade!rs.
E, desta vez, relembrando bobagens do meu passado.

* Ela era loura, não tão loura , mas mais pra loura q pra ruiva.






2 comentários:

  1. É bom relembrar algumas coisas, guarda certas coisas em nossa caixa e o srº não é prolixo, eu sou bem mais!!!

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  2. Muito obrigado por me ler e me compreender(rimou, hein?).

    Mas será q vc é mais prolixa do q eu?! rs

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