Passei a tomar gosto pela coisa. Até 2007, foram publicadas umas 200 cartas, de minha autoria. Foi uma experiência válida, que ajudou a preencher o vazio da minha existência, pois fiz meus desabafos, expressei minhas opiniões, meus sentimentos.
Eu morava com minha mãe e seu companheiro(ambos falecidos, hoje). O companheiro da minha mãe era um pequeno empresário, responsável por distribuir jornais para um tanto de cidades do interior, das Minas Gerais. Diariamente, ele ganhava cortesias, que eram jornais de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Ele chegava em casa, depois do serviço, ainda na parte da manhã. Eu ficava ansioso para ele chegar, só para ler os jornais, principalmente, claro, o jornal que publicava minhas cartas. Às vezes, ele não recebia cortesia do citado jornal, e eu, imediatamente, ia até a banca mais próxima comprar o tabloide.
Opinei sobre diversos assuntos; elogiei ao jornal, a alguns leitores, e fiz também minhas críticas. Fui elogiado, criticado e briguei, umas poucas vezes. Gostava de ler as opiniões de outros leitores, assim como de diversos artigos e reportagens. Até que cansei...
Algumas cartas minhas não eram publicadas. Tudo bem que seria pretensão eu querer que tudo que escrevesse ,fosse publicado, contudo, em determinadas cartas, eu achava que havia dito coisas pertinentes, e elas não eram aprovadas... O jornal passou a resumir muito minhas missivas, o que me contrariava. Depois do engodo do PT no poder, aí sim, me desgostei de vez, e o jornal, aliás, os jornais, no geral, são muito políticos, e eu já estava de saco cheio disso. E foi mais um sonho, mais uma ilusão, que se acabou.
A vida é uma ilusão.
ResponderExcluirbeijos!!
Isso mesmo, Janice.rs
ResponderExcluirObrigado!