A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Minhas Duas Primeiras Paixões(Mais Confissões de um Manoteiro) 2


A Segunda Paixão

Suspeito que quem ler o meu relato todo, pode não acreditar no que direi, mas é a pura verdade.
A minha segunda paixão foi bem mais louca do que a primeira.
Gostaria que os que lessem, comentassem, com sinceridade. Como sempre digo, podem criticar, mas sem me esculhambar.rs

30.06.1968, quando eu e minha mãe entramos na copa da casa da minha tia, na comemoração de um aniversário de um primo, me deparo com uma menina de vestido branco, de longos cabelos negros, com uma pinta preta, no rosto, na bochecha; ela era magra, bem clara e linda, tão linda, que falei com a minha mãe: Que menina bonita!!!

Conversamos e brincamos juntos de outras crianças. Mais brincamos do que conversamos. Uma brincadeira que não me esqueço, que nem sei se ainda existe, foi a "Maria Viola", que era assim: uma pessoa, de costas para muitas outras, jogava um bola em suas direções. Uma das crianças, pegava a bola, aí, em coro, elas falavam: Maria Viola, com quem está a bola? rs. E todos ficavam com os braços para trás, e a Maria Viola tinha que adivinhar com quem estava a bola.rs

Foi uma noite muito legal. E me apaixonei nesta mesma noite. Foi a primeira vez em minha vida que me apaixonei num mesmo dia ao conhecer uma mulher. Acho que é o tal de amor à primeira vista, não?rs

Eu era  completamente apaixonado com a Ta(não, ela não era xará da minha primeira paixão, só as iniciais que são iguais-rs). Foi uma paixão muito forte, parecendo uma ideia fixa. E eu, muito ingênuo, sem maldade, contava para todos sobre o que sentia por ela. Ela tinha 11 anos, enquanto eu estava com 12.

Meus tios tinham 3 filhos, e comemoravam seus aniversários, mas isso foi por pouco tempo, não durou nem três anos, talvez dois anos, e olhe lá, e as festas terminaram. Eu adorava quando minha mãe manifestava vontade de visitar minha tia, só para ver a Ta. Eu ficava grande parte da tarde(minha mãe ficava horas na residência da minha tia), no quintal, na frente da casa, para ver a Ta. Nem sempre a via, e ficava frustrado quando isso acontecia. Era gostoso cumprimentá-la, era lindo o seu sorriso. Às vezes, ela usava Maria Chiquinha, ficava uma gracinha!rs.

Ela morava em outro bairro, mas próximo do qual eu morava. Chegou um ponto que eu passava , com uma certa frequência, em frente à sua casa, mas, raramente, a via. Quando a via, era um deleite!
E eu não sabia como chegar junto dela. Justamente ela, que foi uma das meninas/mulheres que mais gostei, eu não sabia como conquistá-la. Não sei explicar direito, parece que eu tinha medo de levar um fora.

Numa noite, ao passar em frente sua casa, ela, se não me falha a memória, junto com uma colega, me cumprimentou. Eu estava acompanhado por  uns colegas. Ela ficou , junto com outras colegas, em frente à casa de uma delas, um quarteirão depois da sua. Parecia que ela estava me dando bola. Meus colegas me incentivaram a ir até onde ela estava, mas o bobão aqui amarelou...

Ainda na adolescência, ela fez algo que não gostei: cortou seus cabelos, deixo-os bem curtos(rs). Ainda assim, continuou linda!

Seu pai faleceu quando ela tinha uns 14,15 anos de idade. Morreu ao fazer uma operação, por vaidade, uma plástica; acho que foi o tal choque anafilático.  Ele era proprietário de um bar/restaurante, que ficava do lado de suas casas. Com sua morte, o irmão mais velho da Ta assumiu a direção do estabelecimento, e a Ta costumava também trabalhar lá. Seu pai era árabe, e a Ta parecia mesmo uma menina árabe, até mesmo pelo seu nariz, nariz que a minha mãe implicava(rs). A mama não a achava bonita, e a achava chatinha(rs). E vejam só, sua mãe , bonitona, não gostava de mim. Percebi isso, uma vez , numa das festas, quando estávamos todos sentados numas camas, e ao eu falar algo, ela fez um cara de nojo, ficando patente que minha "sogra" me achava antipático(rs).

Já a Ta, era diferente num ponto, da outra Ta, pois enquanto essa me achava sem graça, aquela ria sem parar das minhas palhaçadas(rs). Ela gostava de mim como comediante(rs).

A Ta e sua irmã mais nova, a N se pareciam com a mãe, já o irmão mais velho dela, parecia com o pai- feio demais! rs.  Mais feio ainda do que o pai, e muito magro.rs

Não me esqueço, que pouco depois da morte de seu pai, fui, numa das visitas que fazíamos à minha tia, à tarde, no bar, para tomar um refrigerante, só com o intuito de ver a Ta. Só nos cumprimentamos, não falamos nada um com o outro. Enquanto eu tomava vagarosamente o refri, ela fazia um croché (ou tricô).

Era uma grande satisfação , quando eu a encontrava, ocasionalmente, no centro da cidade...

continua...

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