A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Discos


E, no último sábado, o Jo, o japonês, me repôs o último disco, que me foi roubado, há um mês atrás.

O ideal seria que o desagradável fato de ser roubado, não ocorresse. Foi muito constrangedor, pra mim e pro Jo, e, até mesmo, para o amigo dele, o W. que veio aqui em casa, em sua companhia, umas 3,4 vezes.
Para o Jo foi pior ainda, porque mexeu no seu bolso... No entanto, tive sorte nas reposições dos 4 discos, só um era importado, da Espanha, o vinil do Renaissance. os 3 nacionais eram dois do Nektar e um do Black Sabbath. O do Sabbath reposto é um cd japonês, de capa bem sofisticada, e ainda tem uma faixa bônus-muito boa, por sinal. Meu vinil do Renaissance, não estava com a capa em bom estado; o que me foi resposto, é um cd alemão, com a capa mais sofisticada também. Os dois discos do Nektar repostos foram vinis, nacionais, só que um deles, é de capa dupla(o meu era de capa simples); o outro foi, praticamente, igual.

O Jo provou ser uma pessoa digna. E fizemos mais transações: ele me deu três cds, nacionais, remasterizados, do Pink Floyd, de capas digipacks, à troco de três vinis meus similares. Fiquei muito satisfeito, pois meus vinis eram de capas simples,e os cds têm várias fotos, com letras das músicas e mais informações.

A calma, o temperamento do Jo , me impressiona  . Toquei no assunto do rapaz, que o chamou de "japonês viado", num bar, na vez anterior em que nos encontramos. Novamente, mostrei minha indignação. Ele falou que não se importou, que o cara era um jovem que só queria zoar... Não é à toa que o W. falou comigo, diante dele(do Jo), que não existe pessoa mais legal do que ele.rs

Um detalhe, o Jo está com dinheiro; tanto que aos 53 anos, sem ser aposentado, não mais trabalha(mais um cinquentão vagabundo como eu-rs). Vive de renda de imóveis.

Sou muito apegado nos meus discos, muito! Não ligo pra quase nada na vida, não curto luxo, mas tenho paixão pelos meus discos, é como se eles fossem como uma harém de mulheres lindas(rs), ou uns amados filhos, ou mesmo amigos boas praças. Espero que nada aconteça com eles, que enquanto eu viver, eles estejam do meu lado. E se existir vida pós-morte,e não tiver discos no além, ficarei frustrado. Afinal, são 36 anos de uma permanente paixão. Amizades, família, parentela, amores, telenovelas, futebol, televisão, ônibus, automóveis, literatura, tudo passou em minha vida, mas meu amor pela música e pelos meus discos, permanece.





10 comentários:

  1. Verden.
    Obrigado por passar no Galhofa.
    Como disse em comentário ao seu comentário, a vagabundagem é uma arte. E há gente que pratica a vagabundagem de pensamento, mesmo qdo são trabalhadores.

    Mudando de assunto...

    Se para você são os discos seu grande tesouro e amor, para mim são meus livros, que não são muitos, mas são meus. Pode passar tudo, passar boi, passar boiada... mas, deixem meus livros!

    Um abraço do amigo,

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  2. Oi Richard, li sua resposta, no seu blog.

    Já notei que na blogosfera , muitos nutrem uma grande paixão pelos livros, assim como você.

    Eu que agradeço à sua presença aqui, no meu castelo em ruínas.rs

    Tudo de bom!

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  3. Eu acho que o Jo é seu amigo. Acho que le é a pessoa com quem você vai poder contar sempre.

    Beijos!

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  4. Me surpreendeu sua atitude, Iza. Isso é raro , hoje em dia.

    Grato pelo comentário.

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  5. Ro, confesso que estava esperando o desfecho desta história.
    Que bom que houve ocorreu a devolução.
    Beijos.

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  6. Respostas
    1. Nem ligue para os erros. Ainda estou me adaptando ao celular e, as vezes, percebo que escrevi coisas grotescas.Bjs

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  7. Que isso, Suzi. Fique à vontade, ok?

    Obrigado!

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  8. Hobbies, poucos são mais ou tão prazerosos quanto a música. Nos remetem a tempos idos, à histórias de nossas vidas, momentos únicos, que ao toque de uma sequência exata de notas musicais vêm à tona como num pronunciar de palavras mágicas.
    Uma coleção sempre é um xodó só. Bom que você recuperou o que parecia ser uma perda inestimável!
    Vlw

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