A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

domingo, 12 de agosto de 2012

A Morte e Eu




A morte é um assunto evitado por muitos. Ela sempre me intrigou; sempre pensei e falei sobre.

Não esqueço de uma conversa que tive , com um colega, na adolescência. Três anos mais velho do que eu,mais experiente, ele disse que mesmo que se houvesse uma vida além-túmulo, seria melhor que um dia deixássemos de existir, que não deve ser agradável viver para sempre. E olha que ele era um cara alegre, otimista, cheio de vida. Não concordei com ele.

Schopenhauer condenava o suicídio, afirmando que o suicida não quer mesmo morrer, está é descontente com o rumo que sua vida tomou.

Vou revelar algo , que só contei para uma pessoa, no mundo virtual, uma ex-"amiga" orkutiana, que foi a pessoa mais pessimista e negativista que conheci em toda minha vida:  já tentei o suicídio(ela também disse que tentou). A primeira vez, creio que foi em 1996, quando eu morava com a minha avó materna e meu pai. Tomei uns comprimidos, calmantes, da minha avó, que não fizeram o efeito esperado, aí, no mesmo dia, pensei em cortar os pulsos, mas não tive coragem. Então, resolvi me enforcar. O problema é que só havia um lugar , onde eu poderia fazer isso: no tanque, sem a possibilidade de uma morte rápida. Fiquei gemendo... Minha avó e meu pai estavam dormindo; ela ouviu meus gemidos e chamou meu pai, que me socorreu.
Isso foi numa quarta-feira. Devido aos efeitos dos calmantes, só acordei na sexta-feira,e ainda muito sonolento. Temei com a minha avó que estávamos na quinta-feira, e ela ligou para a minha mãe, confirmando, que, de fato, era sexta.rs

Em 1998 ou 1999, morando sozinho(minha avó morreu em 1998 ; 23 dias depois , meu pai foi internado, sofrendo de Mal de Alzheimer), tentei novamente, misturando comprimidos com pinga, e ouvindo, como "despedida", minha música predileta: "See Saw", do Pink Floyd. Acordei no dia seguinte. Tudo normal, tirante uma fraqueza.

Em 2008, poucos meses depois da morte da minha mãe, pensei novamente em me matar. Eu ainda morava na casa dela e de seu companheiro. Praticamente, morava sozinho. Comprei uma corda bem forte, ideal para esses casos. O local que eu escolhi era alto, ideal para uma morte rápida. Subi na escada, pus a corda no pescoço, mas não tive coragem de consumar o ato. No ano seguinte, quando tinha poucos dias que eu morava sozinho, outra vez tentei dar cabo da minha vida, também me enforcando; novamente, me faltou coragem.

continua...

9 comentários:

  1. Eu não quero negócio com o suicídio de forma alguma. Sobrevivo de forma precária e mesmo assim me sinto muito bem. Menos quando meus familiares me torram o juízo eu não quero morrer.
    Procura algo que goste de fazer. Se eu tivesse em uma situação parecida colocaria uma banca de revista, ficava lendo e ganhando uns para sobreviver. É um trabalho que não cansa e prazeroso. É só uma opinião rsrrs. Tirando o de comer.
    Beijos!!!

    ResponderExcluir
  2. Oi Janice, creio que já te respondi isso, no post acima.rs

    Mas, obrigado pela dica.

    Abraços

    ResponderExcluir
  3. Já pensei em dar cabo da minha vida, em momentos completamente delicados.

    Mas, confesso que só penso. Não tenho coragem! Me falta coragem!

    Dizem que quem se mata é completamente egoísta! Não sei qual o nome dar para essa pessoa. Mas, de uma coisa, tenho certeza: tem que ser muito corajoso para finalizar o ato!!!

    Beijos

    ResponderExcluir
  4. E como, Suzi!

    Não acho que a pessoa que se mata é egoísta. É vero que se ela for uma pessoa muito estimada, chocará a muitos. Deve ser muito triste perder uma pessoa que nos é cara, através do suicídio, mas a vida é dela, então...

    Muito obrigado pela sua agradável visita. Valeu!

    ResponderExcluir
  5. Eu tambem tentei, varias vezes. A primeira vez eu tinha 8 anos, depois 13, 15, 17...
    Nunca me conformei muito com a vida. Sei là. Alguma coisa dentro de mim. Sò fui parar com as tentativas quando me tornei mae. Mas aì veio a anorexia... que no fundo, no fundo, è tambem uma forma de suicidio. Sò que mais lenta e indolor. Superei a anorexia, mas ainda tenho crises, principalmente quando estou infeliz, como agora.
    Coisas da vida.
    ME identifico com voce, nao se ofenda rs.
    Gosto de te ler.
    Beijos

    ResponderExcluir
  6. Gisa, jamais me ofenderia, por que? Até mesmo pq vc não está me ofendendo. E me sinto muito honrado com sua presença.

    Mas, sinceramente, fico triste: desde aos 8 anos...

    E vc parece ser tão alegre...

    Desabafe a vontade. Gosto de te ver por aqui.

    Obrigado!

    ResponderExcluir
  7. Enquanto voce continuar dizendo que gosta de me ver por aqui eu continuarei voltando hahaha
    Eh meio estranho o que sou: Eu sou alegre... mas muito inquieta. Nao sei explicar. Coisa de gente louca, talvez ;)

    ResponderExcluir
  8. hahahahahahahaha

    (Um comentario sò com uma gargalhada. Desculpa, nao resisti)

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão respondidos.