A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Mythos(continuação)

O Mythos foi um grupo bem peculiar, no cenário roqueiro. Pouquíssimo conhecido, a banda tinha um estilo bem pessoal. Infelizmente, gravaram poucos discos e sua carreira foi bem inconsistente .

A banda, na verdade, não passava de um projeto do músico Stephan Kaske, que tocava flauta, sintetizador, guitarra, violão e cantava. No seu primeiro álbum, "Mythos"(1971), o grupo era um trio. Além de Kaske, fazia parte da formação da banda,- Harald Weiße , baixo, violão, mellotron e Thomas Hildebrand, bateria e percussão.

Seu segundo álbum, "Dreamlab" só foi lançado em 1975. Isso não era comum nas bandas de rock daquela época, que costumavam gravar anualmente(alguns chegavam até a gravar dois discos por ano).
A formação havia mudado: Robby Luizaga era o novo baixista, que assim como o anterior, tocava violão e mellotron, e Hildebrand foi substituído por Hans-Jürgen Pütz .
O disco também é ótimo. E nesse álbum é o que mais foi dado enfase para a flauta. Continua o ecletismo e o equilíbrio entre músicas instrumentais e com vocal. Aliás, não podemos deixar passar em branco, que Stephan Kaske foi um dos piores cantores do mundo(rs). No álbum anterior, como sua voz aparece modificada, não dá para notar o quão terrível é sua voz(rs). Apesar disso, ainda gosto dele, e o homem, além de um fenomenal compositor de melodias, é um ótimo letrista.

No disco seguinte, "Strange Guys"(1977), o grupo se torna um quarteto, com a formação, novamente, alterada. É adicionado um novo guitarrista,Sven Dohrow , que toca também mellotron. No baixo, Eberhard P. Seidler, na batera, Ronnie Schreinzer.
O álbum em questão, não é tão eclético como os anteriores, mas, igualmente, é ótimo! A guitarra de Sven Dohrow dá um toque mais hard, no som da banda. Stephan Kaske, além da flauta e sintetizador, toca violão , mas só toca guitarra numa faixa, junto com Dohrow, a ótima " Backstage Fumble", um hard rock progressivo da mais alta qualidade, onde Kaske dá um show com a talk box guitar(é tipo uma guitarra que emite som da voz humana). Músicas intrumentais e com vocal, ainda estão  em pé de igualdade. É bom salientar que o vocal de Haske ficou mais bonito(ou menos feio?), o homem parece ter educado sua voz.

Em 1979 , é lançado "Concret City". A formação da banda continua a mesma. Mas , neste disco, Kaske não toca guitarra, e das 6 faixas, apenas uma é instrumental. "Concret City" é outra obra-prima da banda.

Infelizmente, no "Quasar", o Mythos não é mais, por bem dizer, uma banda de rock. Na verdade, o citado álbum, gravado em 1980, não passa de um disco solo de Kaske, que toca sintetizadores, flauta, sequenciadores, bateria programada e guitarra ocasional. Apenas um músico o acompanha-não como membro oficial da banda- tocando bateria em aproximadamente metade das faixas. O álbum está mais para o tecno pop(com umas pitadinhas progressivas), lembrando até um pouco o Kraftwerk. Apesar dos pesares, é um bom disco.

No "Grand Prix", já não existe mais músicos a acompanhar o grande Kaske, que toca os mesmos instrumentos tocados no disco anterior, com a inclusão de saxofone, e extinção da guitarra. Nota-se que ele já parecia se aposentar como letrista, das 8 faixas, apenas numa escutamos vocal.

Depois disso, Kaske se torna produtor e monta um estúdio. À partir dos anos 90, volta a gravar, usando o nome "Mythos"", fazendo um som tipo new age, ambiente music. Essa nova direção, nada acrescenta, o  Mythos, o gênio criativo chamado Stephan Kaske, acabou se tornando apenas mais um músico igual a tantos outros, a tocar e compor músicas eletrônicas, bem lentas, paradas, de pouca variação.
E Kaske era um guitarrista criativo e um ótimo flautista, tocava bem o seu violão, e , no primeiro álbum do Mythos, chegou a se dar o luxo de tocar cítara.
E a banda Mythos, nos seus bons tempos, tinha outra peculiaridade: não tocavam teclados, os convencionais, como orgão e piano, não, só ouvíamos sintetizador e mellotron(exceto na música "Strange Guys", onde , num trecho, um músico convidado toca piano).


2 comentários:

  1. Realmente não é o que eu conheço.
    Achei que pelas datas jean Michael Jackson tem muito dele. Rsrsrr.
    Gostei bastante.
    Beijos!

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  2. Acho que vc quis dizer Jean Michael Jarre. rs

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