A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

terça-feira, 8 de março de 2011

Casal Briguento

Conheci um tio materno, que era meu xará, quando eu tinha 10,11 anos. Ele, com seu jeito alegre, brincalhão, com tiradas bem peculiares, me conquistou, me tornei seu fã. A admiração era maior ainda por ele ser meu xará.rs

No entanto, quando eu estava com meus vinte e poucos anos, percebi que ele não era tão legal assim.
Ele morava numa cidade do interior de Minas Gerais. Vivia lá em casa, na casa dos meus pais- um eterno hóspede. Era um folgado, gostava de explorar. Egoísta, machista, estraga-prazer, do contra, meio agressivo, um moralista, aliás, um pseudo-moralista, que dava uma de liberal.

Teve, se não me engano, seis filhos com a sua esposa, que não tolerou as mulheradas, bebedeiras e boêmia dele, se separaram. E meu tio ficou morando por muitos anos com uma mulher, que não podia ter filhos.
Houve uma época que ela , junto com meu tio, claro, frequentava com mais assiduidade nossa casa.
Era impressionante como os dois brigavam. Brigavam, sem parar, na nossa frente. Um dia, eu disse: Por que vocês vivem juntos? Eles perguntaram o motivo de eu fazer tal pergunta. Respondi que eles brigavam tanto, que seria mais viável a separação. Eles ficaram em silêncio(não sei como não me xingaram, já que ambos eram bem 'esquentados'-rs). À partir daí, eles moderaram um pouco. Ela, muito mais agradável, que meu tio materno, passou a frequentar menos nossa casa. Mas o folgado do meu tio...

Uma vez, minha mãe passou alguns dias na casa deles. Voltou abismada, impressionada mesmo com suas terríveis brigas. Numa dessas brigas, minha tia chegou até a fazer as malas, para ir embora(rs). Minha mãe me disse: "meu irmão não é feliz". O que não impediu que eles vivessem juntos até a morte do meu tio, em 1998.

E eu acabei pagando língua. Eu e minha esposa vivíamos como cão e gato. Sem agressões físicas, mas muitas verbais. Vivemos 2 anos e 9 meses sob o mesmo teto. Ficamos 11 meses separados, e, ao voltarmos de novo, vivemos na mesma casa por apenas dois meses. Pouco depois, ela pede o divórcio.
Uns sete anos depois, me procura, querendo voltar. Mas achei melhor não morarmos juntos, e sim passarmos finais de semana juntos, ora na casa de um ora na casa de outro. Mesmo assim não deu certo. Separamos e voltamos mais de cinco vezes, neste intérim. Na última, ocorrida em 21.07.2008, o companheiro da minha mãe chegou a falar comigo: 'pega mal essas suas idas e vindas...'.
Ele até que tinha razão. Minha ex-esposa tinha um gênio terrível, reconhecido por todos que conviviam com mais frequência com ela, incluindo seus irmãos, sua mãe, e, por incrível que pareça, até por ela mesma(rs). Ainda assim, ela só culpou a mim, pelo fato de nós dois não nos entendermos. E ninguém a tolera... Ela não consegue um homem fixo.

Infelizmente, mais uma vez, estou pagando língua, pois tenho tido brigas homéricas com minha última paixão, mulher que tem muito mais meu apreço que minha ex-esposa. E, novamente, só existe um culpado: eu.

Meus pais não viviam bem. Até que o casamento durou muito tempo: 37 anos.
Quando ocorreu a separação, meu irmão foi neutro. Eu fiquei do lado da minha mãe, embora não tenha hostilizado  meu pai por isso. Fui solidário a ela, porque conhecia bem que tipo de homem meu pai era. Minha mãe sofreu muito com ele. Sofrendo mais ainda com seu companheiro seguinte.
Agora, como todo ser humano, ela tinha seus defeitos, sendo que dois deles dificultam muito um relacionamento: se vitimizar em excesso e sempre jogar na cara a ofensa feita(no passado) pelo cônjuge.

Creio que o mais correto mesmo é não tomarmos partido em brigas de casais. E, em quase todos os casos, ambos têm culpa pelos desentendimentos.
A letra abaixo é bem realista no tocante a isso.

Eu Te Amo, Eu Te Venero(Paulo Sérgio/Carlos Roberto)



Eu te amo, eu te venero
És para mim, tudo tudo que eu quero
eu te amo, eu te venero
És para mim tudo tudo que eu quero
Não adianta insistir, não vou deixar você partir
As nossas brigas sem razão
Não são motivos pra separação
Eu duvido que na vida, alguém viva só de união
Por ciúme a gente briga e é sinal de  ainda existe um amor no coração
E eu te amo,eu te venero
és para mim tudo, tudo que eu quero
Eu te amo, eu te venero
és para mim tudo, tudo que eu quero
Não adianta insistir, e novamente volte a sorrir
Esqueça tudo que eu falei
O que você falou já esquecí
Veja só quanta besteira, nós falamos ao brigar
Você diz que eu não presto eu digo que te detesto
Tudo coisa sem pensar
Pois eu te amo eu te venero, es para mim tudo, tudo que eu quero
Eu te amo, eu te venero, es para mim tudo tudo que eu quero...


OBs: Meu computador voltou a dar problema. Hoje, já me deixou na mão umas 4 vezes, desligando de repente... Se eu sumir, então...

OBS 2:  Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia. Costumo dizer que mulher é a coisa melhor do mundo, que é o sexo belo, o sexo gracioso, mas não com tara,  digo isso com respeito e admiração, pela fibra, pelo tanto que elas sofrem, por serem ainda discriminadas. Parabenizo-as também pelas suas conquistas.
Ah... vai todo dia é Dia da Mulher. Mas eu sou um homem de uma mulher só, acreditem(rs)

Beijos a todas, um especial nela,com todo o respeito, sem ironia e sarcasmo, apenas com amor!

6 comentários:

  1. E hoje, ainda tem algum contato com sua ex?
    E a LL? ainda continuam naquele reme-reme?!

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  2. Não, não vi mais minha ex.

    Meu caso com a LL é complicado, conturbado. É uma coisa séria, q está fazendo sofrer a ambos.

    Espero q o bom senso prevaleça e q tudo termine bem.

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  3. "Será preciso ficar só pra ser feliz?"
    Talvez!

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  4. It's so hard, Katia!

    Grato pelo comentário.

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  5. Roderick,

    Conheci você através do blog da Keila (Uma querida ela, não!).
    Até fiz das suas palavras, as minha num post dela que falava de amor.
    AMOR? To fora disso rs, isso pra mim, como dizia meu amado Caio F, é algo paranóico demais, e eu fechei pra balanço e faz anossss.
    Qto ao texto, eu acho (OPINIÃO MINHA, a descrente do amor), que é melhor ser feliz sózinho.
    Xiiii, já vi esses filmes na vida real com parentes, amigos e até mesmo comigo.
    (Sim, eu tbm já quebrei a fuça algumas vezes).
    Mas como disse to bemmmmmm demais assim.
    Amor? Só o de mãe rs.

    Um abraço, e se não se importar te sigo.
    Já gostei de cara daqui.

    PS: Falando com Deus, foi óóóótimo hehehe.

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  6. É isso aí, Sil!

    Se me importo de vc seguir meu blog?! Ora, é uma honra pra mim.

    Seja bem-vinda!

    Apareça sempre!

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