A vida seria um erro, se não existisse a música(Nietzsche). A vida é um erro, mas a música atenua este erro(O Caveira)

Isso, abaixo, seria a vida após a morte?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tio Apático, Sobrinho Apático(incluindo Tio Maluco e roqueiro decadente-continuação)




Assim como meu tio, ando cada vez mais apático. Com 55 anos, não tenho achado mais graça em nada.
Toco o barco... Bem, quem tiver curiosidade, que leia o post "Diógenes de Sinope".

Tio Maluco

Dos meus parentes do lado paterno, o mais antipático e sisudo foi o G, que era irmão da minha avó paterna.
Era alto e magro. Acredito que ele nunca sorriu em sua vida(rs).
Ao se aposentar, passou a vender bilhetes de loteria. Na época que eu trabalhava com o tal tio que se matou, me deparava muito com ele. O cumprimentava, ele me respondia com muita má vontade. Até que parei de cumprimentá-lo.

Minha bondosa tia, casada com o irmão mais velho do meu pai, costumava a frequentar a casa dele. Ele chegava ao cúmulo de dizer que se mataria, mostrando até a corda da forca.
Aos 79 anos , ele cumpriu sua promessa. Tirou até uma grana na poupança , pra deixar sua família em boa situação, enfim, ele deixou tudo de um um jeito que não deixasse falta para os seus, ele só queria morrer.

Phill Lynott

Aproveitando a nostalgia, a angústia, eu não poderia deixar de me esquecer do saudoso Phill Lynott, líder da banda de rock Thin Lizzy. Essa banda fazia um hard rock de primeira. Lynott era o vocalista, baixista e principal compositor. O Thin Lizzy teve dentre suas formações, guitarristas excelentes, incluindo o recentemente falecido Gary Moore.

No começo deste século, vi um documentário, numa Tv a cabo, sobre o grupo, mais precisamente, sobre Phill Lynott. Naquela ocasião, eu morava sozinho. O companheiro da minha mãe pediu que eu ficasse de companhia pra ela, enquanto ele estava trabalhando- ela estava doente. Ela já estava melhorando, e vi, enquanto ela estava na cama, em seu quarto, o documentário. Foi tudo muito triste. Lynott foi mais uma vítima do abuso de drogas. Um de seus guitarristas revelou o drama ao visitá-lo, já que o mesmo estava num estado deplorável. Mas o mais comovente foi o depoimento da sua mãe. Lynott era escuro, feio, sua mãe era bem branca, um pouco gorda, mas linda, o que ela falou dele, com muita tristeza, muito pesar, aos prantos, me fez também abrir a boca. Que amor que ela sentia por ele, um filho adotado, se eu não entendi mal, era enorme.
Minha mãe, muito comovida também, disse: "poxa, já estou desse jeito, doente, e vc ainda me faz ver coisas assim, tão triste"". Eu temia perder minha mãe. Ela se recuperou. Oito anos depois morreu.



5 comentários:

  1. Senhor Verden, acho que sou uma roqueira que deu errado, adorei esse som...

    ResponderExcluir
  2. É muito bom mesmo, Pandora. Rock de primeira.

    Cris, são duas postagens, uma é continuação.
    Meu tio demorou mesmo. É triste e, diferentemente, do q muitos pensam, eu acho q o suicida não é um covarde. É preciso ter muita coragem para tirar sua própria vida.

    Obrigado, Pandora e Cris.

    ResponderExcluir
  3. "uma das coisas notáveis sobre a vida é que nunca está tão ruim que não possa piorar."

    ResponderExcluir
  4. Não precisa se desculpar, Cris. Eu devia colocar q era uma continuação no post.

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão respondidos.